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Educação

REESTRUTURAÇÃO DO IPP É MOTIVO DE POLÉMICA ENTRE ALUNOS

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A proposta, debatida desde 2014, foi discutida e aprovada por 35 membros do Conselho Geral, entre os quais docentes e não docentes, estudantes e entidades externas.

A reestruturação do IPP prevê a criação de duas escolas no Polo de Vila do Conde e Póvoa do Varzim. Aquilo que é atualmente a Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG) vai dar lugar à Escola Superior de Hotelaria e Turismo e à Escola Superior de Media e Design. Devido a esta alteração, os cursos de Gestão Industrial e Engenharia Biomédica do ESEIG vão ser transferidos para o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), para onde já havia sido transferido, há cerca de um ano, o curso de Engenharia Mecânica. Os cursos de Recursos Humanos e Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação vão ser transferidos para o Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP). De forma geral, a reestruturação vai afetar 17 cursos das escolas do IPP, originando a extinção de dois cursos e a criação de três novos.

Esta reorganização está a dividir opiniões entre alunos. Alguns alunos consideram que a oferta formativa que vão ter com a remodelação é melhor e mais vantajosa, outros, principalmente os alunos no último ano ou ex alunos, vêem-se preocupados com a sua futura inserção no mercado de trabalho.

Como forma de contestação, foi criada uma petição pública com o nome “ESEIG – Reposicionamento Estratégico”, na qual os signatários defendem que “A ESEIG irá perder os cursos que foram a matriz da Escola, e que muito deram às cidades de Vila do Conde e Póvoa de Varzim. (…) O IPP irá perder algo que de bom foi criando ao longo dos anos (…).” A petição defende ainda que a reestruturação “Irá lesar os diplomados pela ESEIG nas licenciaturas que irão migrar”. Para além desta petição, foi ainda criado nas redes sociais um grupo com o nome de “Não ao enterro da ESEIG”. Estas posições contrariam as afirmações de Rosário Gamboa, presidente do IPP, que esclareceu que a reestruturação “teve e terá muito em conta a participação e opinião dos alunos, e, através deles, das suas famílias, bem como dos docentes e outros membros da esfera académica”.

Apesar da contestação de alguns alunos, o IPP garante que a transição será gradual, sendo para o efeito criadas “comissões de transição” para acompanhar o processo, e que a mudança é “reconhecida como necessária no presente e catalisadora de caminhos mais sólidos e promissores no futuro.”, como é referido no comunicado oficial.