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Cultura

“OS RAPAZES DOS TANQUES” NO PORTO

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Já passaram 40 anos desde o 25 de Abril de 1974, porém ainda há muito por contar. Que o diga Alfredo Cunha e Adelino Gomes, autores do livro “Os Rapazes dos Tanques”. A persistência dos dois levou a que, anos mais tarde, pudessem conhecer José Alves Costa, o cabo que recusou disparar contra Salgueiro Maia. As fotografias e as entrevistas da obra são o resultado de um trabalho em que se pretende homenagear os militares de Abril, aqueles que estiveram no terreno e que asseguraram que o golpe de Estado não fosse recordado com violência ou morte.

As páginas do livro ganham dimensão na exposição e permitem aguçar a curiosidade a todos os que se dirijam ao Centro Português de Fotografia, no Porto. Seja para relembrar ou para aprender mais sobre o dia em que Portugal iniciou o trajeto rumo à democracia, os visitantes são presenteados com uma sequência desde o início das operações militares até à definitiva queda do governo de Marcelo Caetano.

O material fotográfico de Alfredo Cunha utilizado no 25 de Abril é revelado numa pequena vitrina, ao mesmo tempo que são exibidos retratos, fotografados em 2014, do cabo apontador José Alves Costa e de Natércia Salgueiro Maia, viúva de Salgueiro Maia.

A tarde foi ainda reservada a um pequeno colóquio com os autores do livro e os militares de Abril. Apesar de não estar presente, a ação heróica de José Alves Costa foi referida por Adelino Gomes, que aproveitou para relembrar as palavras de Salgueiro Maia numa entrevista: “Neste momento, o 25 de Abril foi ganho.”

A exposição “Os Rapazes dos Tanques” pode ser visitada até 29 de Junho na Invicta.