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Cultura

NOS PRIMAVERA SOUND – DIA 3

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O NOS Primavera Sound é um festival reconhecidamente assumido pelo seu carácter alternativo. Apesar disso, o Festival não esquece grandes nomes de culto de outros géneros, provando, com os The National, que o indie é o novo alternativo.

A banda conta já com 6 álbuns de estúdio e são presença assídua em solo português, que dizem ser dos seus sítios preferidos para tocar. “Trouble will find me” é o seu mais recente trabalho e teve graças de destaque no alinhamento deste concerto. “Don’t swallow the cap” e “I should live in salt” foram as escolhidas para dar início ao espectáculo. “I need my girl” foi a primeira a despertar, nas largas centenas que acompanhavam a banda, um misto de sensações, numa aura mais intimista e sentimental. Também “Sea of love” agita, com o seu rock curioso, o público, que entoa “If I stay here, trouble will find me/ If I stay here, I’ll never leave”.

A interacção dos The National com o público foi notória ao longo de todo o concerto, facto consumado com a descida às primeiras filas da plateia do vocalista em “Mr November” e “Terrible love”. Os rapazes de Ohio continuam a surpreender quando chamam para junto de si St Vincent, que se junta à banda para interpretar um tema, “Slow Show”. Nas últimas músicas o grupo acrescenta intensidade à actuação, com temas mas rockados e duros, terminando com “Vanderlyly (Crybaby Geeks)”.

Muito fortes sonoramente, com uma interacção incrível com o público e com efeitos visuais irrepreensíveis, os The National cumpriram o seu dever e prometem continuar a conquistar fãs portugueses.

Passam poucos minutos da meia-noite e é tempo de Annie Clark, vulgo St Vincent, subir ao palco Super Bock. Uma das mais entusiasmantes intérpretes a passar pelo Nos Primavera Sound deste ano, entra em palco com danças e teatros e começa a dominar o público de forma inteligente e intuitiva. Temas mais recentes como “Digital Witness”, “Birth in Reverse”, ou temas mais antigos como “Cruel”, “Cheerleader” ou “Marrow” fizeram parte do alinhamento do concerto.

A performer domina como ninguém a guitarra eléctrica, o que já lhe valeu comparações a, imagine-se, Prince. Conquistou o público, apesar de não arrancar grandes euforias aos presentes, numa performance intensa, mas com momentos em que esmorece após grandes momentos de musicalidade.

Ty Segall é quem se segue, a encerrar o palco principal, numa exploração da música eléctrica. Segall trouxe jovialidade à recta final do Festival, tendo sido considerado por muitos um dos grandes momentos do NPS’14. “Finger”, “Feel” e “The Hill” foram as canções que mais entusiasmo trouxeram ao público, num despertar punk-rock.

O NOS Primavera Sound termina, após 3 dias de música alternativa e indie. O Festival contou com espectadores de cerca de 40 países diferentes e promete continuar a trazer anualmente ao Parque da Cidade, no Porto, bandas de culto alternativo e um público já conquistado pela sua qualidade.