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Cultura

TALIB KWELI: O RAPPER CONSCIENTE

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O relógio marcava as 23:15 quando começou o espétaculo. Brindados pelo aquecimento fornecido por um DJ que ficou encarregue de todos os instrumentais ouvidos ao longo da noite – remixes de clássicos de hip-hop misturados com bossa nova, funk e outros géneros -, foi o suficiente para toda a gente tirar os seus pés do chão e começar a dançar. Ao DJ juntou-se o rapper brasileiro Nico, com freestyles rápidos correspondidos com palmas e assobios ressonantes.

Após uma abertura energética, a atenção do público voltou-se para as cintilantes luzes que pairavam sobre o palco. A histeria dá-se quando Talib Kweli entra, vestido com um fato de treino e acompanhado por um beat oldschool.

É clara a influência do hip-hop da década de 90 no trabalho do artista. Em tour para apresentar ao público não um mas dois álbuns lançados em 2013, o rapper teve também tempo para prestar homenagem ao seus maiores êxitos.

Com um público ao rubro e imparável que se mexia ao som de um hip-hop veloz, a festa tornou-se mais introspetiva, num tom mais sereno. Não faltou o apelo aos isqueiros no ar enquanto era feito um discurso acerca de Trayvon Martin e todos os negros que foram injustamente assassinados pela polícia, findando o tributo com a frase “All Lives Matter” (“Todas as vidas contam”).

Duas horas após o início, o palco esvazia-se. Um público em êxtase a bate palmas e a implorar para que o artista volte. O esforço de dez minutos valeu a pena, uma vez que, não só o DJ voltou ao palco para filmar a plateia, como também o rapper regressou para um encore que encerrou o espétaculo, com o clássico “Get By”.

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