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Cultura

ARTESANATO E DIVERSÃO NO DIA NACIONAL DOS CENTROS HISTÓRICOS

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O que parecia uma manhã de sábado normal e com muito nevoeiro transformou-se num espaço cheio de cor e pecinhas de artesanato que captavam a atenção de cada turista que passava.

Do Dia Nacional dos Centros Históricos faziam parte mais de 60 atividades (muitas delas gratuitas), como visitas guiadas a monumentos, workshops, mercados de rua, oficinas pedagógicas, exposições e passeios de barco.

Em Cedofeita, pelas 11 da manhã, ainda a maior parte dos expositores estavam a ser montados e o som de um microfone de um palco que lá foi montado também estava a ser testado.

Bida Louca e Re-food são exemplos de dois projetos que estrearam na iniciativa Cedofeita Viva. O primeiro diz respeito a um “conceito diferente, a uma outra perspetiva de encarar a vida” e vende molduras, t-shirts posters, ímanes, enquanto o segundo “nasceu com a vontade de uma pessoa individual, em Lisboa, em 2011” e tem como objetivo “aproveitar a comida cozinhada para dar a pessoas carenciadas”, não especificamente sem-abrigo, mas todos aqueles que tenham dificuldades financeiras.

A iniciativa Cedofeita Viva não é exclusiva deste Dia Nacional dos Centros Históricos, assim como também não o é o Mercado Porto Belo, que acontece todos os sábados, na praça Carlos Alberto, do qual temos o exemplo de Manuela da Silva que vende macarons, que são uma “especialidade francesa que começa a estar na moda aqui no Porto e em Portugal”.

Outra das iniciativas que teve uma sessão especial, devido ao Dia Nacional dos Centros Históricos, foi o Urban Market, na Praça das Cardosas e reuniu muitas pessoas que ficavam atentas a todas as peças de artesanato, roupa e alimentos dispostas em cada um dos expositores. Quase logo à entrada podia ver-se, segundo Jorge Cardoso, um projeto único em todo o mundo, “Amendoimlândia”, que retrata “tudo o que é possível ou imaginário”, em que a personagem é sempre um amendoim; retrata desde profissões, desportos, música, animais, banda desenhada, literatura, religião e peças de jogos de xadrez; sendo que tem um novo projeto semelhante, mas feito com grãos de arroz.

No expositor em frente podia-se observar também um outro projeto, “Don’t leave us hanging”, que consistia em placas de madeira gravadas a laser, com tipografia à mão.

A Ribeira foi outro dos locais que também festejou o Dia Nacional dos Centros Históricos. Preenchiam-na um corredor de expositores de peças de artesanato, peças típicas de Portugal e ainda um espaço de lazer e animação.

No âmbito do projeto Locomotiva (projeto de reabilitação da zona junto à estação de S. Bento), promovido pela Federação das Associações Juvenis do Distrito do Porto, podiam-se encontrar rolos fotográficos com íman e mensagens personalizadas e desenhos de monumentos do Porto, t-shirts com mensagens relativas ao Porto, toalhas com as frases dos lenços de Viana, entre outros expositores.

Os expositores destes projetos eram da opinião de que este tipo de eventos como o Dia Nacional dos Centros Históricos “são sempre iniciativas muito importantes, porque dinamizam o Porto e o país”, como refere Luísa Neto, que vende peças nas quais deu um cunho de modernidade às tradições portuguesas.

Em relação à divulgação, a maior parte dos expositores refere que “há uma manifesta falta de divulgação”, sendo que Joaquim Lima, presidente da Federação das Associações Juvenis do Distrito do Porto, acha que, quanto a isso, deveria haver “investimento, financiamento e facilitação” das visitas, do trabalho e dos workshops em monumentos emblemáticos do Porto. No fundo, financiamento às associações que estão dispostas a promover a cultura e a divulgar a cidade e investimento num programa de instituição pública que divulgasse o património e não fosse confinado apenas ao Dia Nacional dos Centros Históricos.

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