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Cultura

“PORTUGAL É UM PAÍS DE HUMOR”

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“A luz” foi o mote do Festival PortoCartoon. O tema da ONU para 2015, foi escolhido para, nas palavras do diretor do Museu Nacional de Imprensa, Luís Humberto Marcos,  “ essa “luz” reforçar a importância do humor e da cidade do Porto como Capital do Cartoon”. Cristiano Ronaldo e Ernest Hemingway foram o rosto dos Prémios Especiais de Caricaturas.

O júri, composto Luís Humberto Marcos, por Andrew Howard, docente universitário e designer inglês, Xaquín Marín, espanhol que acompanha o Porto Cartoon World Festival desde a primeira edição e diretor do Museu de Humor de Fene e o francês Bernard Bouton, presidente da Feco, começou por apresentar os Prémios Especiais de Caricaturas.

O primeiro prémio da caricatura de Hemingway foi para o Brasil, para Dalcio Machado. O português “habitual do prémio”, António Santos Santiagu, foi o segundo premiado. Pawel Stanczyk, polaco, desenhou, também, Hemingway e conquistou o terceiro prémio. Ainda nesta categoria, artistas como André Carrilho (Potugal), Luiz Carlos Fernandes (Brasil), Yusef Alimohamadi, Nasnin Abdasheyki e Alineza Pakde, iranianos, destacaram-se, vencendo a menção honrosa.

A caricatura de Cristiano Ronaldo fez Krzysztof Grzondziel (Polónia) conquistar o primeiro prémio desta categoria. Em segundo e terceiro lugar ficaram, respetivamente, António Santos Santiagu (Portugal) e Renato Aroeira (Brasil). Os brasileiros Dacosta, Luiz Carlos Fernandes e o polaco Zygmunt Zaradkiewicz venceram menção honrosa.

O tema livre deu asas à imaginação dos cartoonistas. A maioria deles homenagearam Georges Wolinski, cartoonista do Charlie Hebdo, bem como todo o jornal, que acabou por tornar-se, segundo os jurados, a “grande referência do festival”.

“Window” de Alessandro Gatto Itália “tem aquilo que o cartoon deve ter: proporciona várias leituras”, refere Luís Humberto Marcos, e, por isso, o autor, como há três anos, venceu o primeiro prémio.  Izabela Kowalska (Polónia) foi a primeira mulher a vencer este prémio. “Safe light” valeu-lhe o segundo lugar. O terceiro, por sua vez, foi conquistado pelo russo Andrei Popov, com o cartoon intitulado “Lantern”.

Cristian Topan (Rússia), Plantu (França) e Figueroa Turcio (Espanha) conquistaram a menção honrosa desta categoria. André Carrilho (Portugal) venceu-a, também, com dois trabalhos: “Ébola” e “Blasfémia”, assim como o russo Andrei Popov com “Wood pecker” e “Light from the window”.

As mulheres (e o Irão) “dão luz ao mundo”

O “emblema internacional mais forte do museu”, como chama ao festival Luís Humberto Marcos, recebeu, este ano, 900 trabalhos sobre o tema principal, 500 do tema livre e 150 caricaturas de Cristiano Ronaldo e Hemingway. Portugal liderou em termos de participação: 200 trabalhos e 80 artistas, 64 deles novos. Irão e o Brasil foram, igualmente, dos países que mais enviaram desenhos a concurso.

As cartoonistas destacaram-se, como nunca antes, nesta edição do festival. Além de 20% dos concorrentes serem do sexo feminino, pela primeira vez, um dos premiados foi uma mulher.

A exposição “Charlie – Wolinski”, patente no museu até amanhã (14), conta com cerca de 400 dos trabalhos concorrentes.

A apresentação dos vencedores do PortoCartoon 2015 terminou com um apelo do diretor do Museu aos jornalistas. “Através do lápis do cartoonista há luz no mundo”, afirma Luís Humberto Marcos e essa luz, esse “humor só vale a pena se os meios de comunicação o espalharem”. E, afinal, “Portugal é um país de humor”, refere.

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