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Cultura

FESTIVAL BONS SONS: O ARRAIAL DOS TEMPOS MODERNOS

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Visitar o Bons Sons é sinónimo de desfrutar do festival com melhor cartaz de música portuguesa do nosso país e que contou no ano passado com 38 000 visitantes. Nomes sonantes como Amélia Muge, António Chainho, Sérgio Godinho, Dead Combo, B Fachada, Norberto Lobo ou Deolinda passaram noutras edições pelos palcos do festival. Além disso, conta com 8 palcos, um deles muito característico: uma parceria com “A música portuguesa a gostar dela própria”, que explora a música tradicional num contexto diferente, ou que procura simplesmente que esta seja mostrada fora do seu local origem para poder ser dada “ao mundo”.

 

Como nasceu o Bons Sons

A primeira edição do festival foi em 2006 e surgiu como forma de comemoração do 25º aniversário da associação cultural local SCOCS: “Estávamos a fazer um plano de atividades alargado durante um ano onde a camada de jovens da aldeia começou a pensar e a repensar algumas atividades que já existiam.”, conta Luís Ferreira, organizador do Bons Sons.

A intenção de tornar a aldeia o mote é clara e serve para criar um cenário intimista e familiar aliado a uma programação de qualidade com aposta na música portuguesa: “Havia um potencial de agarrar nessa lógica mais familiar e mais ligada à aldeia, mas ao mesmo tempo tendo um programa mais exigente e mais contemporâneo”, diz o organizador.

Luís Ferreira garante que o Bons Sons mostra o que de melhor se faz na música nacional e que a qualidade da programação é a prioridade de quem o organiza: “Temos 45 bandas desde o rock ao indie rock, do fado à música mais tradicional, da música contemporânea à música do mundo. Grupos consagrados e grupos emergentes.”.

 

Nem só de música vive o festival

As pessoas da aldeia, que dizem gostar de receber o festival, abrem as portas aos visitantes, convidam-nos a conviver e a visitar o local e até mesmo a provar o seu melhor vinho.

Do meio dos espectadores ou das janelas os Cem Soldenses espreitam os espetáculos, situação que por vezes resulta numa “menina estás à janela” cantada pelo público do concerto e dirigida para uma varanda.

As tardes quentes de música ao vivo no adro da igreja são arrefecidas pela água dos borrifadores dos voluntários que refrescam a confusão de gente que canta e dança em resposta à melodia.

As noites de verão sonoras dos palcos camuflados com e pela aldeia são acompanhadas pela enchente de pessoas que os ouve atentamente. O fim da noite desenrola-se no som de djs que são convidados a por música, enquanto os últimos resistentes ainda “dão à anca”.

O cansaço e as pequenas lâmpadas, que iluminam o caminho, acompanham os visitantes no seu regresso às casas ou tendas no final de cada dia. Para aqueles que visitam Tomar utilizando carro a passagem pelo rio é quase obrigatória para refrescar.

 

Os nomes desta edição

Manuel Cruz, Ana Moura, Clã, Camané, Carlão, Salto, Peixe:Avião e Tio Rex são apenas alguns dos nomes de peso que vão estar presentes ao longo dos quatro dias desta 6ª edição.

Quem espreitar o site do festival provavelmente vai deparar-se com bandas das quais nunca ouviu falar, mas Luís Ferreira garante que isso não é um problema: “As pessoas sabem que há um cariz de qualidade na programação do Bons Sons e no fundo é um espaço de descoberta”.

Um local bem português com pessoas genuínas; campismo tranquilo e com boas condições; um ótimo cartaz, muita diversão e boa música portuguesa são algo que se espera mais uma vez do Bons Sons.

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