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Sociedade

“QUANTO MAIS IMAGENS TEMOS, MENOS CONSEGUIMOS CHEGAR AO OUTRO”

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O jornalista e presidente da ADM abriu o debate reforçando a importância da comunicação, que “torna a linguagem comum e única”. Acrescentou que “tem um vasto sentido que a faz, também por isso, ser tão fundamental quanto necessária, a par da sua tónica e técnica assertiva, aproximadora e esclarecedora”. Mencionando haver um dualismo, que não somente o poder da comunicação mas, de igual modo, “a comunicação no poder”, considerou ainda que “como todo o poder, que a comunicação tem, deve ser usada e doseada com cuidado, objectividade e sensibilidade, para que dela não resultem meras letras nem palavras mortas sem significado”.

 

O poder da comunicação na música

Rita Redshoes encetou o painel convidado, lembrando que a comunicação está desde sempre na vida da pessoa: “começa por ritmos e sons nos bebés” e, em qualquer ser, “também no riso que é contagiante”. A cantora e compositora entende que a comunicação na música “tem um poder alargado, dado que existe uma partilha de emoções fisiológicas”. Além da capacidade de transmitir sentimentos, não deixa de ser um divertimento. Mencionou ainda o poder da música na comunicação com autistas, no seu carácter terapêutico, no papel de intervenção política e de reptos humanitários, que por vezes tem.

Para a escultora e docente na FBAUP, Susana Piteira – que substituiu o pintor Francisco Laranjo –, “quanto mais imagens temos menos conseguimos chegar ao outro”. Abordou a importância do corpo e dos movimentos, na forma de comunicar, recordando da vitalidade que essa comunicação tem desde a Grécia Antiga.

 

Análise ao jornalismo e à informação

O diretor da TSF começou por frisar uma expressão que antigamente se ouvia: “é verdade, porque está no jornal”, justificando que há uns anos havia um crédito que hoje não há e que “o poder da comunicação não está entregue apenas a uns eleitos”. Pois, hoje, qualquer pessoa pode comunicar e “não precisa de jornalistas para dizer o que quer que seja”. Apontou que há também uma parte má, “o outro lado da moeda”, sendo ela o facto de “a informação nem sempre ser credível e as pessoas acreditarem mais na internet”. Para tal, aconselhou que “é preciso separar e avaliar a informação e as fontes provenientes, já que as fontes são muito importantes”. Alertou ainda que, com o poder que está à solta, “há quem consiga através de uma mentira fazê-la parecer numa verdade: temos de filtrar e saber o que fazer com a informação que recebemos”.

 

O sucesso de um projeto de rádio online

A investigadora e docente de Comunicação da ULP falou essencialmente da missão das rádios online nas universidades. Explicou também um projeto científico em que colabora – o RadioActive –, iniciado em 2013 e já premiado, em Portugal no ano passado. Este projeto “desenvolve e implementa uma plataforma na internet, incorporando a ferramenta de Web 2.0, ligada a metodologias pedagógicas inovadoras, a desenvolver junto de comunidades juvenis e seus contextos, com o objetivo de abordar assuntos de inclusão e cidadania ativa de uma forma original e estimulante”. Maria José Brites indicou, também, que o Programa Escolhas é parceiro do RadioActive desde o primeiro dia e que esta rádio online funciona atualmente com 10 centros Escolhas.

O próximo debate do CEED realiza-se no dia 3 de dezembro, às 19h30, no Hotel Vila Galé Porto, subordinado ao tema “Os ilustres portos do Porto, cidade e região”. Mais info. e reservas: envolve-te.desenvolve@sapo.pt  |  tel. 223 209 641.

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