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Ciência e Saúde

Equipa do LAQV/REQUIMTE participa na campanha #EUBeachCleanup2023

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No passado dia 30 de setembro, na Praia de São Pedro de Maceda (Ovar), membros do LAQV/REQUIMTE promoveram uma ação de limpeza costeira (Ex_Plastics) associada à campanha #EUBeachCleanUp 2023 e ao projeto Plas2Nano.

 

A #EUBeachCleanUp 2023 é uma iniciativa organizada pela Comissão Europeia, Serviço Europeu de Ação Externa e Nações Unidas, em parceria com os Smurfs, com o objetivo de aumentar a consciência da população para a poluição costeira e marinha, através da promoção de eventos de limpeza costeira.

Catarina Bessa, Ana Margarida Silva, Maria Enea e Carla Queirós, investigadoras do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV/REQUIMTE), na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), organizaram uma ação de limpeza costeira, em que foram recolhidos vários tipos de resíduos, desde pontas de cigarros a pedaços de embalagens e plásticos. Estes resíduos foram, posteriormente, separados segundo os critérios de reciclagem. Esta iniciativa surge associada ao projeto de investigação Plas2Nano– “Plastics to Nanomaterials”, liderado pela investigadora do LAQV/REQUIMTE Ana Margarida Silva.

O plástico que é descartado para o mar, acaba por se deteriorar com o contacto com a água, o que dificulta a sua reciclagem. Por esta razão, muito deste material encontrado nas praias acaba por ser depositado em aterros. Como tal, o projeto Plas2Nano pretende desenvolver métodos mais sustentáveis para a reciclagem do plástico, com recurso à hidrólise de plásticos PET recolhidos na limpeza da praia.

“Usando o aquecimento óhmico vamos ter a possibilidade de usar água como solvente e aproveitar o sal presente nestes resíduos como catalisador, permitindo um processo de hidrólise mais eficiente”, explica Ana Margarida Silva.

A investigadora vai mais longe e revela que pretende transformar os resíduos de plástico PET em novos materiais que serão subsequentemente utilizados como sensores óticos. Esta sugestão de aplicação é inovadora e promissora e poderá comportar vários benefícios ambientais e tecnológicos, uma vez que, segundo a investigadora Ana Margarida Silva, “A partir da hidrólise, o PET é transformado em pequenas moléculas designadas por monómeros. A partir desses monómeros serão preparados novos materiais que poderão, por exemplo, ser usados como sensores para a deteção de contaminantes em águas”.

Em suma, este foi o primeiro de mais eventos de limpeza costeira que o grupo de investigação pretende realizar, de forma a contribuir para um futuro mais sustentável, ao mesmo tempo que reutiliza os resíduos recolhidos para os seus projetos de investigação.

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Texto por Inês Marques. Revisto por Diana Cunha.