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Cultura

AMOR EM TEMPO DE GUERRA

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Podia ser em tempo de cólera, mas é em tempo de guerra que este amor se passa. Nesta primeira parte do concerto de estilo exclusivamente barroco, aos restantes instrumentos de cordas juntaram-se o cravo, a teorba, dois tenores e uma soprano para interpretarem “Battalia” de Heinrich Biber e Il Combattimento di Tancredi e Clorinda” de Claudio Monteverdi. Nesta obra, Tancredo e Clorinda, um cristão e uma sarracena, são dois amantes em confronto que não se reconhecem e combatem até à morte. Dirigidos pelo maestro Laurence Cummings, este drama ganha emoção e realismo.

Na segunda parte do espetáculo, a Orquestra Sinfónica do Porto, sob a direção de Baldur Bronnimann e juntamente com a soprano Magdalena Anna Hoffman, interpreta a última obra orquestral que Fernando Lopes-Graça compôs “Em Louvor da Paz”. De seguida, são “Três excertos de Wozzeck” de Alban Berg que têm lugar dando forma a um crime passional cometido por um soldado que vive submerso em alucinações.

Estas são algumas das obras-primas que tiveram como pano de fundo diversos conflitos que os agrupamentos da Casa da Música estão a percorrer entre 25 de abril e 1 de maio.