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Cultura

HARDWELL ENCERRA BEACH PARTY EM MATOSINHOS

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As portas do recinto abriram às 16h, a mesma hora a que começou a tocar Yaggo. Com apenas cinco anos no mundo da música eletrónica, o artista inaugurou o último dia do festival.

Nas filas, esperavam pessoas de várias nacionalidades, com mochilas às costas. O recinto ainda não estava cheio, mas a energia já se sentia entre o público. Às 17h foi a vez de Miss Sheila. Vânia Campos, de 17 anos, diz que veio ao festival “pelos artistas” que já conhece de outras festas, e revela que a DJ já atuou em Penafiel, num baile de finalistas.

Às 18h45 é Dante Klein quem sobe ao palco. Entre o público, há quem dance ao ritmo da música, enquanto outros preferem ficar pela zona das bebidas. Na zona VIP, o ambiente também é de festa com o ritmo de Klein acompanhado com algumas danças e saltos.

Kevu inicia a sua atuação às 20h20 e o recinto começa agora a encher. Há insufláveis que se erguem no ar e tubos de luzes entre o público. O DJ bate palmas e incentiva a audiência a fazer os mesmos gestos. Veem-se bandeiras com os nomes dos DJs, pessoas vestidas com macacões, caras pintadas, óculos e chapéus.

Miguel Rodrigues, jornalista e diretor de informação da Rádio Nova Era, encara o festival como “dois dias a alta velocidade”. “É preciso configurar o material, acertar os níveis”, revela Pedro Silva, técnico informático e sonoplasta na Rádio Nova Era. Em entrevista ao JUP, Pedro diz que, hoje em dia “é apenas precisa uma tarde para montar o estúdio e um só computador para fazer a emissão”.

Mat Zo atuou às 21h55. O espetáculo continuou com momentos marcados por saltos entre o público, filas que se formavam entre a multidão para acompanhar o ritmo e os gestos do DJ, palmas e muitos gritos. As misturas do artista eram acompanhadas pelas misturas de cores que se apresentavam nas superfícies dos painéis que decoravam o palco. Azuis, verdes, vermelhos e laranjas tornaram-se mais intensos com os seis holofotes que iluminavam o espaço.

Artur Jorge, animador da Rádio Nova Era revela que há uma relação próxima entre os artistas convidados e a própria equipa. “Alguns artistas tomam a iniciativa de contactar a nossa rádio para vir ao festival”, conta. Os artistas que constam no cartaz pertencem aos calendários de eventos mundiais como Tomorrowland, Ultra Music Festival e Electric Daisy Carnival. “Criou-se um espírito próximo com os artistas”, remata Artur.

A trinta minutos da meia noite, Bassjackers apresenta-se ao público. “Façam barulho”, pediu o DJ. O show de luzes não acontece apenas no palco, já que o público ilumina o espaço com luzes de variadas cores. Enquanto uns filmam a atuação, outros saltam de um lado para o outro. As palmas são mais intensas à medida que o artista aumenta a velocidade da música. Ouve-se um “Eh” seguido de um “Oh” no público, nos momentos em que o DJ reduz o som na mesa de mistura, de forma a interagir com a audiência.

A assistir ao festival na primeira fila estava Tatiana Mónica, de 19 anos, que afirma que as pessoas têm uma ideia errada do que é a música eletrónica: “Pensam que é só barulho, mas tenho a certeza que se experimentassem uma coisa destas iriam gostar.”, assegura.

À 01h05 começa KSHMR. “Boa noite, Porto”, saudou o DJ. “Ponham os braços no ar”, incentiva KSHMR. O artista bate palmas e o fogo dispara, perto dos holofotes. Além de um painel grande vertical de cada lado do palco, também havia um painel horizontal em baixo de cada um dos painéis verticais.

No centro do recinto, os técnicos intensificavam o jogo de luzes, criando uma sintonia entre som, luz e imagem. O público está ao rubro. Há uma superfície que está atrás do artista, onde também são projetadas imagens. As nuvens de fumo surgiam ao mesmo tempo que o fogo que disparava para iluminar o palco nos momentos mais altos das misturas.

O DJ tocou Secrets, uma das músicas mais conhecidas entre o público. No meio da atuação, o artista pede para ligarem as luzes. “Mais uma vez, Portugal” e “Quero ver as vossas mãos” foram algumas frases repetidas pelo DJ.

Miguel Bastos, de 16 anos, considera que o jogo de luzes é fundamental porque, caso contrário, “não teria o mesmo impacto. Há que saber jogar com isso”.

Às 02h30 surge no palco Hardwell, o DJ mais esperado da noite. O artista está vestido com uma t-shirt de Portugal. “Olá, Porto” e “Como estão a sentir-se?” foram as primeiras frases do produtor. Hardwell bate palmas, abre os braços e incentiva o público a participar na música. “Deixem-me ver as vossas mãos”, grita.

Já com os fones pelos ombros, Hardwell continua a mistura, enquanto o público grita pelo DJ. Nos primeiros minutos de música estavam projetadas bocas nos painéis. A letra das músicas aparecia nas superfícies, para que a audiência pudesse acompanhar o espetáculo. Há pessoas às cavalitas, lenços nas cabeças, pessoas que dançam em frente às câmaras. Os confetis e algumas tiras coloridas são lançadas no ar ao mesmo tempo que há fogo de artifício. “Hardwell” surge projetado nos painéis horizontais enquanto o artista continua a mistura. O produtor tocou Thinking About You.

A meio do concerto Hardwell introduz KSHMR, o artista que tinha atuado anteriormente, e tocam os dois juntos Power. “Portugal, façam barulho para o Hardwell”, pede KSHMR, antes de partirem para a Spaceman. Hardwell pôs-se em pé na mesa de mistura durante uns segundos, descendo rapidamente.

A meio de uma das misturas, Hardwell centrou a atenção num cartaz do público, leu-o, e no final apontou e sorriu para a pessoa que o segurava. O espetáculo termina com o fogo de artifício, na praia.

O saldo foi positivo, no entanto o público aponta algumas falhas na segurança e queixa-se do tempo de espera para ter as pulseiras e das filas para entrar no recinto.

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