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Cultura

SEGUNDA-FEIRA HÁ POESIA

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O projeto começou com Joaquim Castro Caldas e desde então passou por várias mãos. Daniel Maia Pinto Rodrigues, Isaque Ferreira, Pedro Lamares e Cristina Bacelar são alguns dos nomes que ajudaram a dar continuidade à iniciativa e que atraíram novo público, mantendo-se fiéis aos moldes simples que a compõem.

Um espaço pequeno e acolhedor, na cave de um icónico café da Invicta, serve de palco à leitura de textos de autor ou próprios, completamente livres de censura. Para quem não vem preparado, os livros estão à disposição, mas Rui Spranger garante que “ não se obriga ninguém a ler”.

Os temas são inesgotáveis e muitas vezes de cariz social, de chamada de atenção e de intervenção em problemas atuais que preocupam a sociedade. Os leitores vão adequando e adaptando as suas leituras, numa linha lógica, não combinada, que faz a noite fluir naturalmente.

A poesia é acompanhada de música geralmente calma, sendo Rui David o músico residente. Todas as semanas há um músico convidado e a cave já contou com um quarteto de jazz, com Bilan e vários outros nomes.

Ao público fiel, “um núcleo de pessoas que vem com muita regularidade” e que se reúne no primeiro dia da semana para dizer poesia, juntam-se os curiosos, gente que “vai ficando”.

Para celebrar as bodas de prata do evento, foi lançada, na Biblioteca Almeida Garrett, a obra “Antologia da Cave”, que conta com textos de cinquenta e seis autores, muitos com grande reconhecimento no panorama literário nacional, como Valter Hugo Mãe, Manuel Jorge Marmelo e Jorge Reis-Sá. Habitualmente, muitos deles são frequentadores habituais das segundas-feiras poéticas.

Com quatro décadas de existência, as noites na cave continuam a formar novos disseurs, deixando a promessa de multiplicar os anos e os versos.

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