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Cultura

ENCONTRO COM GONÇALO CADILHE

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A convite da AEFLUP, Gonçalo Cadilhe foi ao Pólo de Ciências da Comunicação falar sobre si, os seus projetos e a sua profissão de “viajante profissional”.

É com o tema serenidade que começa a conversa do jornalista e escritor sobre viagens: “Pensamos no que não temos, em vez do que ainda não somos. Para mim a serenidade depende deste ser, em vez do ter.”

O encontro contou com a visualização de várias fotos da autoria de Gonçalo Cadilhe da sua viagem à volta do mundo, na qual nunca utilizou o avião como meio de transporte. A sua proposta é deslocar-se como os locais o fazem, andar nos mesmos autocarros e comboios, … As suas fotos transportam-nos os locais mais remotos dos Himalaias, Sri Lanka, Patagónia, Laos, Namíbia, China, Birmânia e Nepal. Desde paisagens paradisíacas de montanhas, praias e rios a pessoas de todos os cantos do mundo, todas as imagens apresentadas têm em comum a sua serenidade e paz. Gonçalo partilha “Precisamos de distância para avaliarmos a nossa vida, essa distância ganha-se viajando.”

Autor do best-seller “Planisfério-pessoal”, Gonçalo Cadilhe é um escritor-viajante, documentarista, guia e cronista. Fez documentários sobre viagens para a RTP2, tem dez livros publicados e organiza e acompanha mini-tours pelo mundo em colaboração com a agência PLV. Sobre como ascender na carreira, este “viajante profissional” deixou alguns conselhos: “Para tudo na vida é preciso ganhar nome.” Começou por bater às portas e fazer propostas. Viajava, escrevia e vinha para Portugal à procura de alguém que lesse e publicasse o seu trabalho. Enquanto isso trabalhava em quase tudo lá fora: trabalhou desde um restaurante na Riviera, às vindimas em França. Trabalhava “nos países ricos, para viajar nos pobres.” No início da sua carreira não havia a atual literatura nem jornalismo de viagens. Agora dizer ser mais complicado, “há mais gente a falar e a escrever sobre viagens.”

Como viajante, aponta os três destinos que mais o encantaram, apesar de, para si, ser uma escolha difícil. Foi na Nova Zelândia que encontrou a melhor das relações Homem-Natureza. Diz que este é o país onde há uma maior procura pela felicidade. Pela cultura, a sua escolha recai sobre Itália, o país com mais classificações da UNESCO. No entanto, o seu grande amor é reservado àquele destino que não consegue descrever: o México. “Há ali sangue que vem de outro lugar qualquer (…) Há uma essência que não se consegue agarrar.”

Gonçalo Cadilhe termina, assim, uma hora e meia de conversa com os alunos da Faculdade de Letras. À sua despedida, fica no ar o bichinho das viagens e uma enorme vontade de conhecer o Mundo.

 

 

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