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Cultura

O “FUNERAL” MUSICADO POR SENSIBLE SOCCERS

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10865727_10206488348910966_1716835055843152769_oFoi pouco após as 23h que o quarteto, composto por Emanuel Botelho, Filipe Azevedo, Hugo Gomes e Manuel Justo, surgiu em palco. O concerto, de lotação esgotada, não durou muito mais do que uma hora, mas trouxe uma certeira compilação do bom trabalho da banda, desde faixas do EP de 2011 até ao mais recente “8”.

De uma discrição e simplicidade admiráveis, mas já conhecidas, o grupo não soltou uma única palavra nos intervalos das faixas, mostrando-se, no entanto, bastante satisfeito com os espectadores, que fervilhavam a cada música.

Em “Wild Piano”, tocada na abertura, o público observava qualquer movimento dos artistas, expectante, mas após “Zaire 1974” e “Ulrike”, a audiência já baloiçava, de olhos fechados, ao som de “AFG”.

Pareceu cedo quando Manuel Justo se aproximou do microfone e anunciou a última faixa. “Obrigada por terem vindo ao nosso funeral”, disse, despoletando risos. A última frase do seu breve discurso – “Vamos enterrar esta merda aqui e agora” – arrancou aplausos e incentivou o público à desinibição. Segundos depois, já se dançava assumidamente ao som de “Sofrendo por você”, que puxou gente para o palco e teve a colaboração de Gee Lee, protagonista do DJ Set que se seguiria.

No fim, o público, com água na boca, ainda insistiu no regresso da banda, mas o trabalho já tinha sido cumprido: proporcionar o mais feliz “funeral” realizado no Maus Hábitos.

É, de facto, difícil falar de Sensible Soccers. Talvez por serem incomparáveis, talvez por, em concerto, a sua música ser bem mais do que uma complexa miscelânea de psicadélico minimalista e pop e fazer crer na existência de universos paralelos. O único remédio é ouvir.

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