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Cultura

TIME FOR TIAGO E PARA TODOS

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O Plano B vestiu-os de vermelho e eles foram na cantiga. Os Time For T vieram esta quarta (20) ao Porto matar saudades “deste” público, depois de terem passado por Paris e pelo Festival The Great Escape, na Inglaterra.

Eles representam a multiculturalidade europeia em forma de música: há músicos vindos de Inglaterra, Espanha, Suíça e Tiago Saga, fundador e vocalista, representa a bandeira lusa na banda. Mas apesar das suas diversas origens, os Time for T têm uma única casa: Brighton, o local onde estudaram e se conheceram.

Na costa sul de Inglaterra, Brighton é uma cidade com grande dinamismo artístico, onde Tiago diz que ser difícil destacar-se “entre tantas bandas e tanta gente que está a prosseguir o mesmo sonho”. Apesar de Tiago admitir que cidade é a sua identidade, estas nem sempre andam de mãos dadas. “Por vezes somos «a banda de fora» em Brighton, depois quando vamos para fora somos «a banda de Brighton»”, refere em entrevista ao JUP. “Esta é um bocado a minha história, porque eu sou meio inglês e tenho aspeto de português, chamo-me Tiago, mas de muitas formas não sou assim muito português.”

Pela segunda vez na Invicta, as expectativas dos Time for T estavam em alta. Para Tiago Saga o Porto é casa de muito boas recordações. “A última vez que estivemos no Porto foi no Nos D’Bandada. Foi um concerto espetacular. Para nós pelo menos… Nós curtimos muito tocar cá, foi um público muito recetivo e pensamos: «Se formos a Portugal, temos que passar pelo Porto». E for far so good.”

Os Time For T não são completamente desconhecidos do público português. O prémio Ano Novo, Banda Nova, atribuído pela Antena 3, levou-os ao Optimus Alive em 2013. No mesmo ano foram incluídos na lista de Novos Talentos FNAC e o selo da Nos Discos têm catapultado a divulgação na banda em Portugal.

Com uma identidade musical a ser construída há três anos, o Time For T aceitam o etiqueta de tropical funk rock, dada pelos blogs ingleses. Conciliar as diferenças culturais de cinco pessoas não tem sido fácil, mas Tiago admite que este processo era necessário “para saber exatamente qual era o percurso que queríamos”. A banda acaba de lançar um novo single “Tom Tom”.

Quanto ao nome da banda, Tiago explica que surgiu de “uma ideia muito estúpida”. “Foi uma brincadeira”, conta, “em Inglaterra toda a gente me chamava Tiagho, ou Tiajio, ou T (Ti). Quando o pessoal me começou a chamar T, eu pensei que seria uma ideia genial começar um projeto chamado Time For T”. Quando Josua Taylor, Harry Haynes, Martyn Lillyman e Oliver Weder se juntaram à banda, ninguém o quis alterar.

Tiago Saga tem também um projeto a solo, homónimo. Acabou de gravar um EP, mas admite que não consegue parar. “Estou sempre a tentar gravar, criar e a lançar algo cá para fora”, refere.

No Plano B o concerto foi intimista, com a banda e o público muito próximos numa atmosfera descontraída. A banda percorreu o reportório mais recente e brindou o público com novos temas, um deles ainda com nome por definir. Talvez se venha a chamar “Francesinha”…

O concerto termina em português, com um Tiago a solo, de volta às origens, no meio desta “Crise”, entre a sua banda e amigos.

 

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