ROTEIRO – MAIO

Jorge Portojo

Café Âncora D’ouro

O Piolho, como é vulgarmente conhecido, é um café universitário localizado no centro da cidade, na Praça dos Leões. Destaca-se pelo ambiente antigo e a decoração repleta de placas oferecidas por estudantes. É um dos cafés mais icónicos da cidade e, à noite, é ponto de encontro dos jovens. Essa é uma das razões da alteração do nome (de Âncora D’ouro para Piolho): a aglomeração de estudantes em torno do espaço.

Foi palco de várias tertúlias, especialmente académicas, na época de ditadura e sempre respirou o desejo de liberdade do povo. É atualmente uma das maiores referências da Invicta.

Minube

Café Majestic

O café Majestic destaca-se pela decoração elegante dos anos 50 inspirada no “glamour” parisiense. Foi inaugurado com o nome Elite, já que era frequentado por figuras ilustres da época. Recebeu várias tertúlias políticas, em tempo de ditadura e era muito frequentado por professores e alunos da Escola de Belas Artes do Porto.

Este luxuoso café continua a receber recitais de poesia, exposições de pintura, concertos de piano e lançamento de livros. Situado numa das zonas mais movimentadas do Porto, a Rua Santa Catarina, o espaço não só conta a história da Invicta como também faz parte dela!

Julio Dolbeth e Rui Vitorino Santos

Café Ceuta

O Café Ceuta é, por excelência, o café da liberdade e cheio de história. Isto porque foi palco das mais variadas tertúlias de apelo ao fim da repressão política. Na época da ditadura salazarista, acolheu uma tertúlia literária de Fernando Fernandes, animador da livraria Leitura. Esta era prolongada pela noite fora e vigiada de perto pela polícia política – a PIDE.

Nasceu nos anos 50 e situa-se na zona dos Clérigos, numa rua com o mesmo nome. A decoração é à base de mármores, com paredes revestidas de espelhos de cristal e pinturas totalmente alusivas à conquista de Ceuta, resultando num ambiente simplista.

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