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Cultura

NOZES A QUEM NÃO TEM DENTES

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O espectáculo inicia-se e o cenário, de cores sépia, enche-se de cor com as personagens – coloridas – que se movem atarefadas pelo palco. Qual truque de magia, vão trocando de roupas, criando outras personalidades ou evoluindo das já existentes. Há mexicanos e hippies, empresários e mães, velhos e novos. Pessoas que passam e mudam de trajetória quando no seu caminho encontram vários sacos de sementes, que acompanham a ação de todo o espetáculo.

Qual o caminho para a felicidade? Por que não sair para fora do saco ou saltar o muro? Por que não lançar as sementes do saco para as plantar, se o caminho do sucesso só se faz plantando e trabalhando? São questões postas em monólogo que nos fazem pensar. O caráter satírico inicial do espectáculo altera-se para um ambiente sério, situação constante ao longo da peça.

O tecido vertical que antes era cenário é transformado em objecto, enquanto que as massas e os sacos de sementes são utilizados para malabarismo e manipulação. Há uma guerra pelo poder, ou uma submissão ao mesmo, um contraste entre festivo e folclórico com a seriedade do medo, tristeza e solidão. “Cavem, cavem bem fundo. Perguntem a vocês mesmos o que querem ser, esgravatem a terra e descubram o que vos faz feliz. Vocês já têm tudo não precisam de nada, apenas de ajuda!”

A Erva Daninha é uma das 6 companhias que compartilham o espaço do Teatro Campo Alegre. Através da sua arte e abordando temas da atualidade, procura chegar ao público e inquietá-lo. Além desta vertente de criação, possuem também a vertente pedagógica, em que semanalmente realizam aulas de malabares, equilíbrios e aéreos no espaço já referido.

 

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