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Artigo de Opinião

TUDO EM ABERTO

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O FC Porto não ganhou para o susto, mas mantém-se a seis pontos do líder Benfica. Depois da derrota portista na Madeira, a esmagadora maioria dos comentadores desportivos afirmou que o título estava entregue aos encarnados, pelo que o FC Porto deveria preocupar-se mais com o Sporting (a um ponto dos dragões) do que com o Benfica.

Ora, nada disto se confirmou, pois, com a derrota do Benfica em Paços de Ferreira, ficou a certeza de que a Primeira Liga está longe de estar decidida. Ao contrário do que vaticinaram esses mesmos comentadores, é ainda cedo para os responsáveis do FC Porto começarem a preparar a próxima época e “esquecerem” a actual, quando, na verdade, faltam disputar 16 jornadas e há ainda tanto para conquistar.

Os dois primeiros classificados do Campeonato, Benfica e FC Porto, têm, neste momento, o mesmo número de derrotas: duas. A diferença é que, enquanto os encarnados têm apenas um empate, os azuis e brancos somam quatro.

Mas voltemos à derrota do FC Porto na Madeira, frente ao Marítimo, num jogo relativo à primeira jornada da segunda volta do Campeonato. Na equipa azul e branca, apenas uma alteração no “onze” inicial em relação ao jogo anterior: Quintero substituiu Cristian Tello.

Os portistas assumiram, com alguma naturalidade, o controlo do jogo desde o primeiro minuto, com muita posse e circulação de bola. Aos 27 minutos, o FC Porto “assustou” o Marítimo, numa bela iniciativa individual de Quaresma. No entanto, cinco minutos depois, seriam os madeirenses a chegar ao golo, contra a corrente do jogo. Foi, de resto, a única oportunidade do Marítimo em toda a partida. Bruno Gallo fez o 1-0 num remate de primeira, sem hipóteses de defesa para Fabiano.

Em desvantagem no marcador, o FC Porto manteve o controlo do jogo e respondeu aos 41’, numa grande jogada de Quaresma pelo lado direito: o extremo portista iniciou e concluiu o lance, com o remate a ser travado pela excelente defesa de Salin.

O intervalo chegou com o Marítimo a vencer por 1-0, um resultado injusto, mas também ingrato para o FC Porto. Para dar a volta à situação, o treinador portista substituiu o “apagado” Quintero por Cristian Tello, com o objectivo de dar mais profundidade à equipa.

Aos 55’, grande oportunidade para o FC Porto empatar o jogo: após um canto, Casemiro teve um primeiro remate e, no ressalto, Martins Indi desperdiçou incrivelmente, a um metro da baliza.

Com o Marítimo remetido à defesa, Julen Lopetegui decidiu arriscar com as entradas de Gonçalo Paciência e Rúben Neves, tirando do jogo Herrera e Martins Indi. O FC Porto passou a jogar em 4x4x2, com Casemiro a central, ao lado de Maicon.

O minuto 63 ficou marcado por três (!) excelentes oportunidades para o FC Porto marcar: um primeiro remate de Tello ao poste, a que se seguiram mais dois remates que esbarraram na muralha defensiva madeirense. O FC Porto já merecia não só ter empatado, mas estar a ganhar.

Até ao final do jogo, destaque para mais duas excelentes oportunidades para o FC Porto: primeiro num cabeceamento perigoso de Casemiro e, mais tarde, num grande remate de Rúben Neves que o defesa Rúben Ferreira “cortou” em cima da linha de baliza.

A nível individual, destaque para a exibição de Salin, guarda-redes francês do Marítimo, que foi o melhor em campo. Do lado do FC Porto, o melhor elemento foi Quaresma, que tentou sempre mexer com o jogo.

O balanço da partida é frustrante para o universo azul e branco. Passar os 90 minutos do jogo instalado no meio-campo contrário, sempre a atacar, mas depois ver o adversário chegar ao golo na única vez que se aproximou da baliza de Fabiano é, naturalmente, ingrato.

Ora, se o FC Porto demonstrou falta de eficácia, pois não conseguiu concretizar nenhuma das muitas oportunidades de golo criadas, já o Marítimo revelou alto índice de aproveitamento, ao marcar num dos dois (!) remates que fez à baliza em todo o jogo.

A “sorte” do FC Porto é que o Paços de Ferreira deu uma ajuda e derrotou o Benfica. Nada está, portanto decidido. Os azuis e brancos mantêm-se na luta pela conquista do título. Que o jogo da Madeira tenha servido de lição!

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