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Educação

ALUNOS QUE USUFRUEM DE AÇÃO SOCIAL ESCOLAR REPROVAM MAIS

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A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) – serviço central da administração direta do Estado, que tem por missão garantir a produção e análise estatística da educação e ciência, apoiando a formulação de políticas – publicou este mês um estudo inédito que aponta para a relevância das condições socioeconómicas dos alunos na determinação do sucesso escolar.

Perante os gráficos, o Ministério da Educação reconhece que “o trabalho específico sobre os grupos de alunos em risco aparenta não estar a ser suficientemente eficaz para reequilibrar a balança”.

É no 5.º e 6.º anos de escolaridade que a balança se encontra menos estável. Na disciplina de Matemática, aquela a que os estudantes mais chumbam, 20% dos alunos que não necessitam do apoio financeiro tiveram negativa. Já entre os alunos que usufruem do primeiro escalão de Ação Social Escolar (ASE) – que auxilia os estudantes com as dificuldades económicas mais graves –, 48% tiveram resultados negativos, assim como 32% dos colegas que beneficiam do escalão inferior.

No que toca a Português, o número de reprovações é menor do que nas disciplinas de Matemática, Inglês, História e Geografia, contudo, a discrepância de resultados entre classes sociais mantém-se. A taxa de reprovação dos estudantes mais carenciados atingiu os 16%, a dos que beneficiam do segundo escalão de ASE ficou nos 10%, enquanto a dos estudantes sem atribuição de ASE não passou de 6%.

O estudo centra-se no 2.º ciclo do ensino público em Portugal Continental e foca-se não só nos números do agregado de Portugal Continental, mas também naqueles relativos aos distritos separadamente. Não obstante, na sua análise estatística, a DGEEC alerta para as variáveis incontornáveis do estudo. “O dinamismo das escolas e dos seus professores”, assim como “o grau de importância atribuído ao ensino das crianças e ao trabalho escolar na cultura da região”, poderão ser fatores que se sobrepõem, a nível local, ao efeito do estado socioeconómico do distrito – o que justificaria os dados que apresentam alunos de regiões com nível socioeconómico baixo, cujo desempenho escolar no 2.º ciclo é notoriamente superior à média nacional.

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