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Educação

IPATIMUP – 25 ANOS A PESQUISAR O CANCRO EM PORTUGAL

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Conferências, colóquios, exposições e até concertos fazem parte do programa comemorativo, que conta também com a16º edição da Portugaliae Genetica, a “versão portuguesa da crença de que nada faz sentido na biologia senão há luz da evolução”, como explicou o investigador, especialista em evolução humana, António Amorim. Uma edição subordinada à evolução nos seus mais diversos níveis, que vão desde o “individual, como o cancro, a uma célula, a um cromossoma, a um genoma, ou podemos, ao contrário, saltar para o homem, para as espécies”, afinal “as coisas e as pessoas mudam e o cancro é uma dessas mudanças”.

Mudanças foi também aquilo que o IPATIMUP trouxe à investigação da doença, nascendo, em 1989, do desejo de vários médicos e professores de criar um “instituto de investigação e pós-graduação universitário na área das ciências da saúde que tivesse as vantagens da Universidade sem ter as suas (grandes) limitações burocráticas”, como esclarece um dos fundadores, Manuel Sobrinho Simões.

Destes 25 anos de trabalho e investigação, Manuel Sobrinho Simões, destaca a interdisciplinaridade do polo, que conta com vários grupos de trabalho que vão desde a “patologia humana, patologia molecular, oncobiologia e genética das populações”, numa área que deve privilegiar a prevenção e o diagnóstico precoce. Aliás esse é o desafio para o futuro, “em vez de procurar curar os doentes – o que é aliás impossível na maioria dos casos em que a doença se encontra num estádio avançado – dever-se-á caminhar no sentido de usar o conhecimento cada vez mais profundo das doenças para melhorar a prevenção, o diagnóstico precoce e o diagnóstico preciso”.

Pensar em cancro é pensar em prevenção e para Manuel Sobrinho Simões a investigação da doença em Portugal, deve deslocar-se para os doentes, sendo “cada vez mais importante ligar a investigação básica à investigação clínica através da otimização de estratégias de investigação”, e alerta para a necessidade de melhorar “substancialmente a nossa rede de Cuidados Continuados e Cuidados Paliativos para melhorar a qualidade de vida das pessoas cuja doença está a progredir”.

Investir na especialização dos serviços médicos ao nível das doenças cancerosas, assim como na “literacia em saúde dos cidadãos, a Medicina Geral e Familiar e os Centros/Unidades de Saúde”, sempre numa perspetiva preventiva, são os caminhos do futuro.

Mais 25 anos se esperam, numa altura em que os olhos estão postos na construção do Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (I3S), que virá reforçar a proximidade do IPATIMUP com a Universidade do Porto, como o Hospital de São João e o IPO.

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