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Artigo de Opinião

DE PEQUENINO SE TORCE A PREGUIÇA (SOCIAL)

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Carina Dias

Carina Dias

Um dos maiores problemas de hoje, para além da “falta de dinheiro”, é a pouca educação. Talvez a falta de educação que existe agora, seja a causa da maior parte dos problemas que aparecem atualmente, incluindo a “falta de dinheiro”.

Todos dizemos que vivemos num país de “doutores”, o problema é que até mesmo os doutores têm problemas de educação. Conseguimos ver isto em casos recentes de desfalques em certos bancos portugueses (e não só!) que estão sempre a ser comentados na televisão. Isto permite levantar uma questão que se estende para todos aqueles que são “doutores”: de que interessa a nossa formação académica, se depois não temos qualquer género de educação que nos possibilita ser dignos e cumpridores nos nossos direitos e deveres? Talvez a única conveniência seja mesmo não ser condenado a uma pena de prisão e estar em casa com uma pena suspensa, sem devolver aquilo que roubou, porque se usa o dinheiro dos outros para pagar uma caução. Aproveito portanto para salientar a minha opinião, que durante a formação académica não devemos apenas aprender as teorias todas e formas de conseguirmos sobreviver sem sermos punidos, devemos também ser formados para sermos bons cidadãos, respeitantes da igualdade por todos e defensores de uma justiça social (quase nula na nossa sociedade). É caso para dizer que de doutores não temos nada.

Uma outra vertente onde se consegue verificar esta falta de educação é na “preguiça” que o povo português tem para ir vasculhar e obter mais informação sobre aquilo que se está a passar entre as suas mãos. Nem toda a informação passa na televisão, e a que passa é influenciada por certos poderes e interesses, por isso acabamos sempre por ver a mesma face da moeda. Onde isto se verifica, é nas eleições, onde as pessoas ou não votam, ou votam nos partidos que sempre votaram ou que a sua família vota, parecendo quase uma tradição, mas as tradições nem sempre são positivas, e este é um caso. Surgem os argumentos “nenhum partido iria fazer melhor”, mas as pessoas também não leram nem pesquisaram sobre aquilo que eles propõem. Não quero dizer com isto que a culpa seja apenas do povo português, mas também daqueles não fazem chegar a informação a nós todos. A informação não está acessível de forma fácil, está na internet, nas redes sociais, e depois muitas pessoas que não têm por hábito a utilização destes meios não conseguem obter este tipo de esclarecimento. Por isso, talvez para resolver esta situação, nós, povo português deveríamos ser mais proativos na procura de informação para nos educarmos, adquirindo estes hábitos, assim como os órgãos responsáveis deveriam também arranjar mecanismos para que esta informação chegasse até nós. Só assim, deixaremos de ser um povo passivo, que se deixa levar pela conversa dos políticos, para passarmos a ser um povo defensor dos valores de Abril. Um povo com um espírito revolucionário, como eramos antes. Nada de guerras, nem conflitos, apenas exigir aquilo a temos direito, através de uma manifestação, uma petição, etc. que tem por objetivo mudar algo que está mal, e não cumpre aquilo que é um estado de direito.

Estes são apenas dois exemplos de como a educação é a chave para o sucesso de um país e de um Mundo melhor. Se fosse para referir todos os exemplos, poderia escrever um livro, mas creio que estes permitem-nos pensar sobre outros.

Como de “pequenino se torce o pepino”, talvez então deveremos começar a apostar mais na educação dos nossos pequeninos, não excluindo como é óbvio a educação dos maiores, pois só assim poderemos ter bons resultados a longo prazo. Talvez seja então caso para dizer de “pequenino se pode torcer a preguiça (social)”.

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