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Artigo de Opinião

NÃO SE ACREDITEM NA COMUNICAÇÃO SOCIAL

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Filipa MendesHá uns dias atrás, numa conversa de café (mais especificamente, restaurante), a propósito de um “suposto” tiroteio que ocorreu em Cabanas de Tavira (e digo suposto porque, de acordo com um habitante da localidade, o atirador apenas lançou um ou dois tiros para o ar), ouvi alguém dizer “Não se acreditem na comunicação social”.

Realmente, é certo que alguma comunicação social faz de uma gota uma tempestade, muitas vezes por razões de subsistência do meio de comunicação. Contudo, na minha modesta opinião, alguns membros da comunicação social também recorrem ao sensacionalismo e exagero exacerbado por subestimarem o público e o seu interesse pelos assuntos.

Alguns jornalistas julgam pertencer a uma espécie intelectualmente superior e pensam que o público não tem capacidade para interpretar determinados temas e, por isso, impregnam os meios de comunicação social com informação simplista, em vez de simples.

Desta forma, estou convicta de que, apesar de ser suposto o jornalismo servir o bem público e ser uma profissão verdadeiramente digna, ser jornalista não significa produzir conteúdos partindo do pressuposto significaativos. elo vosso indicativo.  que é superior a um canalizador e inferior a um político, condicionando, por esse motivo, a veracidade e simplicidade das notícias. Ser jornalista é contribuir para a mudança de mentalidades e não para a prevalência de princípios retrógrados. Ser jornalista é fazer chegar uma mensagem de forma explícita a todos os estratos da sociedade e acreditar que tanto um agricultor como um CEO de uma grande empresa têm competências para a entender. Ser jornalista é não subestimar o público e o seu interesse pelos assuntos.

É essencial perceber-se que nós portugueses não somos nenhuma cambada de analfabetos mas que também não somos todos totalmente atraídos por determinados temas, ao ponto de irmos procurar informação adicional sobre o que aparece nas notícias.

É, portanto, fundamental que os jornalistas entendam que é essencial existir um meio-termo, que é necessário informar o público sobre assuntos mais estimulantes e menos explorados e que esses assuntos sejam esclarecidos de forma clara e concisa. Mas é também imprescindível que o público, ou seja, todos aqueles que recebem mensagens da comunicação social, percebam que o principal indicativo daquilo que as pessoas apreciam consumir são as vendas e, enquanto o sensacionalismo vender, esse será o caminho mais fácil, percorrido pela maioria.

Em suma, “não se acreditem na comunicação social” que percorre o caminho mais fácil e deixem que a comunicação social acredite em vocês e se guie pelos indicativos das vossas exigências e necessidades.

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