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Sociedade

PORTUGAL SEM PRIMEIRA DAMA: O SEU PAPEL NOS 41 ANOS DE DEMOCRACIA

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Desde a Revolução de Abril que os portugueses se acostumaram à presença e influência de uma Primeira-Damana vida do país. O ano de 2016 ficará marcado pelo “desaparecimento” deste cargo que será esquecido durante os próximos 5 anos até que novas eleições se realizem.

Ainda que a legislação portuguesa não preveja a existência deste título, esta adquiriu, nos últimos anos, uma posição de destaque cada vez maior pela sua influência social e humana. Apesar do seu papel praticamente nulo na vida política, a Primeira-Dama é uma personagem que se dedicaàs causas sociais. Isto explica que ao longo da História da Humanidade esta surgisse como um importante elo de ligação entre o representante máximo de um país e o povo.

Em Portugal, destacam-se 6 mulheres que no período do pós 25 de Abril acompanharam os vários Presidentes, seus maridos, nas viagens oficiais como também defenderam os direitos e os interesses do povo português. Foi, sobretudo, Manuela Ramalho Eanes que inaugurou uma nova forma de estar das Primeiras-Damas, transferindo para a esfera política as preocupações sociais levadas a cabo por estas: desde o combate ao racismo, xenofobia à defesa e interesse nos países de Língua Portuguesa e ainda à participação e organização de campanhas de voluntariado e caridade.

Assim, Portugal assistiu nos últimos 30/40 anos  ao reforço do papel da Primeira-Dama enquanto motivadora e impulsionadora da defesa dos direitos individuais e universais. Garantiu, não só em Portugal mas também em todo o Mundo, aquilo que muitas vezes ficava fora das agendas dos Presidentes ou que era involuntariamente deixado ao encargo destas.

Agora sem Primeira-Dama, os portugueses questionam-se a quem caberá a defesa destas causas dentro e fora de Portugal. Terá, por isso, o Presidente da República uma responsabilidade acrescida? Entre muitas ou poucas expectativas relativamente ao novo Presidente da República, Portugal viverá agora na dúvida se estas causas serão esquecidas ou se Marcelo conseguirá dedicar o seu tempo a estas. Entretanto, os portugueses seguem com as suas vidas, uns mais determinados, outros mais frustrados, mas todos com uma estranha sensação: será que Portugal sentirá falta da figura da Primeira-Dama?

 

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