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Educação

Iolanda Barbosa: desvendar oportunidades como Embaixadora de Carreiras na UE

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Foto cedida por: Iolanda Barbosa

Em funções desde outubro de 2023, Iolanda Barbosa fala ao JUP do seu trabalho enquanto Embaixadora de Carreiras da União Europeia para a Universidade do Porto, de como tem sido a sua experiência no cargo e de quais as suas perspetivas futuras.

 

Em outubro do ano passado, foi nomeada uma nova Embaixadora de Carreiras da União Europeia. Iolanda Barbosa é estudante da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), já ganhou o Prémio Incentivo 2023 e agora assume esta função. A finalista da Licenciatura em Relações Internacionais da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP) esteve à conversa com o JUP para dar a conhecer este papel, que é desconhecido para muitos.

O que faz um Embaixador de Carreiras?

De forma prática, Iolanda assume que ser a Embaixadora de Carreiras da União Europeia (UE) é como ser uma orientadora para os estudantes que lhes abre um leque de opções para o seu futuro, “na medida em que nós estamos disponíveis para ajudar a procurar o que é mais adequado para os estudantes [a nível profissional]”.

Esta ajuda consiste no facto de “conseguirmos perceber quais oportunidades na União Europeia [que] podem ser melhores ou mais adequadas para as pessoas, pois elas não têm tanta noção de como é que os sites funcionam.” Para além disto, “como nós estamos constantemente a obter informações, temos mais facilidade em encontrar as oportunidades”, em particular aquelas que são enviadas diretamente para os embaixadores que fazem, assim, “um papel de intermediário para que esses estudantes consigam chegar mais facilmente às mesmas.”

Iolanda afirma que “várias universidades do país já têm embaixadores” e que teve “a oportunidade de, no ano passado, conhecer a antiga Embaixadora ”, o que a motivou para a posição. Admite que “é um papel gratificante porque, mesmo que os estudantes da UP não pensem em trabalhar na UE, conseguimos mostrar que há tantas oportunidades num local que às vezes as pessoas nem associam.” O essencial é “passar o conhecimento e desmistificar esta ideia de que a UE é uma instituição muito distante”.

O dia a dia da Embaixadora passa, acima de tudo, por “estar disponível para ajudar outros estudantes”, envolvendo, entre outras atividades, contacto direto com estudantes portugueses e outros embaixadores, coordenação de redes sociais, ou participação em formações e masterclasses. Apesar da necessidade de coordenar a posição com os estudos, Iolanda considera que não é algo “extremamente consumista do ponto de vista de tempo”.

Como tem sido a experiência?

A estudante assume que “a minha licenciatura contribui [para este cargo], no sentido em que eu me sinto particularmente interessada quando estou a ajudar os estudantes”. Ainda acrescenta que “sendo uma área em que nós pensamos tanto na ideia de trabalhar em instituições, eu acho que é este entusiasmo que me move a tentar fazer com que as pessoas também possam ingressar nessas instituições.”

Quando assumiu este cargo, Iolanda estava de Erasmus na Alemanha e considera este início “interessante porque, do ponto de vista de gerenciamento de redes sociais, não é propriamente difícil, ou seja, nós coordenamos e continuamos a fazer o mesmo papel”.

Como exemplo de atividades já desenvolvidas, menciona a organização de sessões online com estudantes de Alemão da FLUP, sobre oportunidades na área da tradução. “O meu objetivo era pegar em estudantes que estivessem em língua alemã para perceberem quais possibilidades existem para quem estuda alemão e até motivá-los a continuar o estudo, porque nunca se sabe o quão útil pode ser futuramente, nomeadamente para o trabalho da UE, mas não só”, explica.

“Estas sessões não são apenas para pessoas que querem ingressar no mercado de trabalho agora, mas também para pessoas que estão a pensar o que é que podem fazer futuramente, que ainda não têm a certeza e, depois de ouvirem as oportunidades, percebem que, quando acabarem a licenciatura, podem pesquisar com mais calma sobre estas.”

De regresso a Portugal, está entusiasmada por agir presencialmente, o que permitirá uma proximidade maior com os estudantes. Pelo trabalho que tem desenvolvido, admite que “é interessante perceber que as pessoas procuram a UE por causa de ser uma instituição em que acabam por trabalhar com pessoas não só do nosso país, como dos outros.”

“Há uma procura de sentir que não estão a fugir completamente da realidade do país e têm uma sensação de casa, o que acaba por ser mais reconfortante do que mudar para um país com um emprego onde ninguém seja ou fale Português. Assim, a UE tem muitas vantagens do ponto de vista de carreira e de salários, mas ao mesmo tempo, do ponto de vista de ambiente, com pessoas do mesmo país.”

O que se segue?

Iolanda considera que o facto de assumir a função de Embaixadora, ao mesmo tempo que está na licenciatura e faz parte do associativismo, acaba por lhe dar alguma vantagem pois consegue interligar conhecimentos. Acredita que esta experiência lhe pode abrir novas oportunidades, mas, ao mesmo tempo, “também ajuda a minha licenciatura”.

A nível profissional, Iolanda admite que o seu curso é “de tal modo abrangente que posso trabalhar em muitas áreas diferentes, o que torna difícil a escolha. Quando recebo oportunidades para promover, surgem sempre muitas que nunca imaginava fazer”. No entanto, uma coisa é certa: “será algo que envolva falar línguas diferentes, porque eu sou completamente apaixonada por falar diferentes idiomas”.

Para mais informações sobre a Embaixadora de Carreiras da UE, consulte o seu LinkedIn ou contacte-a através do email eucareersuniversidadedoporto@gmail.com.

Artigo por: Roselimar Azevedo

Editador por: Joana Monteiro e Inês Miranda