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Cultura

NOITES DA QUEIMA: EM NOITE DE DJ’S, A CHUVA FOI PROTAGONISTA

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Chovia torrencialmente. Em frente ao palco estavam Raquel Dias, finalista de direito, e Fernando Costa, abrigados debaixo de um guarda-chuva. “Estamos aqui porque somos pontuais e gostamos de o ser”, explicaram. “Se é para vir é para aproveitar, independentemente do estado do tempo”. A chuva não mostrava sinais de abrandar, mas Raquel e Fernando nunca se deixaram intimidar. Ficaram nas grades em frente ao palco até Xavier Mota começar a sua atuação.

O vencedor do IV Concurso de DJ’s da FAP teve uma receção calorosa, apesar de estar muito pouca gente. “Da-lhe Xavi!”, ouvia-se. O jovem tentou chamar público, mas a chuva não deu tréguas. Nos momentos em que parava de chover, e em que parecia que finalmente ia ficar uma moldura humana interessante, logo voltava a chuva e toda a gente fugia para os cobertos, mais uma vez.

Com Club Banditz foi diferente. Beneficiaram de maiores períodos de ausência de chuva, e, quando chovia, poucos eram os que se iam abrigar. Em declarações ao JUP, o grupo de DJ’s mostrou-se satisfeito com a noite, e com a atitude do público, que “não arredou pé”. “Temos muito orgulho de estar aqui pela primeira vez na queima do Porto e esperamos regressar em breve”. Confessaram ainda a sua preferência em tocar em grandes palcos, como o da Queima, “até porque temos o nosso próprio show, e não nos podemos pôr dentro de um clube com pirotecnia, efeitos, CO2, todo o aparato, todo o nosso show dito normal.”

“As minhas expectativas são muito altas mas está a chover, estou preocupado”, disse Juan Magan ao JUP, momentos antes de entrar em palco. Muita gente se juntou no recinto para ver a atuação do espanhol. Ora fez de DJ, ora fez de cantor. Um entertainer no estado mais puro, deixou o Queimódromo a dançar com os ritmos latinos que trouxe.

Tudo corria bem nesta atuação. Mas, na última música, volta a chover torrencialmente. A chuva ainda não tinha desistido de estragar a noite. Era percetível na cara do artista a desilusão. Os ecrãs apagaram-se todos, mas o concerto ainda não tinha acabado. Juan estava ainda em palco. Dava a sensação que ninguém sabia o que estava a acontecer. Tirou uma fotografia ao público a fugir à chuva, despediu-se dos técnicos de som e abandonou o palco, sem dizer nada ao microfone. A preocupação de Juan Magan antes do concerto revelou-se justificada: a chuva estragou a sua atuação.

Já só estava cerca de uma dezena de pessoas perto do palco, pouco tempo depois do final dos concertos. Uma dessas pessoas era Miguel Cardoso, estudante de Desporto no ISMAI. “Eu curtia continuar aqui mas se continuar a chover vou ter de bazar mesmo. Se tivesse um abrigo maior aqui era na boa mas assim é muito complicado. Um gajo vai apanhar uma constipação e não vale a pena”, desabafou.

O recinto ficou vazio muito cedo, à exceção da tenda de eletrónica, que ficou completamente cheia toda a noite. O mau tempo era tudo menos convidativo à permanência no Queimódromo.

As noites da Queima continuam de quinta para sexta com a noite Super Bock. No palco vão estar os ÁTOA e os HMB.