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Cultura

FS GREEN NO HARD CLUB: “EU TOCO MÚSICA QUE ME FAZ FELIZ”

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A XXIII trouxe FS Green a Portugal. Francisca Cunha, de 25 anos, revela que a promotora decidiu “fazer esta edição no Hard Club, para que o problema do espaço e do som pudesse ser resolvido”. A diretora criativa refere que o objetivo é “trazer artistas que não são tão visíveis, mas que estão mais presentes em plataformas como o SoundCloud”.

O evento teve início às 01h00, na sala 2. À direita, estava André Ribeiro, técnico de som, e Fábio Chaves, técnico de audiovisual. A noite começou com Baltazar. A sala ainda não estava cheia, mas KKing Kong já assistia ao projeto. “Eu cresci a ouvir que o Hard Club é um dos pontos mais emblemáticos do Porto”, revela KKing.

Ao lado de Baltazar, estava Pedro Galego, de 29 anos, fundador do estúdio de design MECHA. “Temos formas diferentes de comunicar com o público através dos visuals”, diz Pedro. “Neste evento, estamos a fazer video mapping”, completa. MECHA faz visuals para a XXIII, mas também tem projetos de realidade virtual. O estúdio privilegia os media interativos.  

A promotora reúne mixs de variados artistas nacionais e internacionais. Há um layout pré-definido que serve de base para os ilustradores desenvolverem as capas dos CD’s.

Tiago Torres, de 27 anos, diz que “é de realçar o trabalho de comunicação da promotora”. “Comunicamos música de forma diferente”, afirma Tiago, responsável pela gestão e logística da XIII.

Francisco Torres é o artista que integra o projeto Baltazar. O jovem, de 23 anos, afirma que “Baltazar não se compromete a géneros, é sem compromissos”. Entre os géneros musicais inerentes ao projeto, estão o dancehall, o bailefunk, o kizomba, o afrohouse e o kuduro. O artista revela que faz fast juggling no momento alto da noite, “se eu sentir que o público está a acompanhar”. Diz ainda que o fast juggling é uma consequência do projeto anterior “Still Lion Sound”, com influências de reggae e soul, atualmente parado. Baltazar é um projeto que preza a liberdade criativa. Em entrevista ao JUP, Francisco afirma que “Still Lion começou a tomar grandes proporções, e Baltazar foi uma resposta a esse projeto”.  

Mixpak, Jamrock (estilo de Still Lion), e NAAFI, são alguns artistas que Francisco acompanha. Baltazar tem influências de Pop Pcaan (Jamaica/Berlim); Drake (Canadá); Mina (Europa); Bad Gyal (Catalunha) – onde Francisco vive atualmente; e MHD (França) – onde viveu o artista, em contacto com as sonoridades de Paris.

Tiago Torres diz que “a forma como o Francisco toca é o que o torna especial”. Já Mariana Pala, de 23 anos, considera que “Baltazar é muito pessoal, é divertido, e acaba por agradar, porque mistura vários estilos”.

Às 02h30 foi a vez Cash From Hash, produtor de ballroom e future bass. Apesar de a sala ainda não estar totalmente cheia, há alguns testemunhos acerca do evento. “A XXIII tem uma coisa boa, que é bom som”. A promotora está assente na música eletrónica, beats, e soulactions. “Infelizmente, aqui no Porto, as pessoas não valorizam o que é bom, só o que é comercial”, ouve-se alguém no público. “Se a cultura de massas não fosse ouvir músicas de amor, este era o estilo de música que estava a bater”, continuou.

Finalmente chega o momento alto da noite. FS Green atua às 03h30, com misturas de electric music e tropical music. A sala já estava cheia. O DJ move-se de um lado para o outro, enquanto as pessoas dançam e acompanham o ritmo. FS Green é considerado um dos melhores DJ’s de hip-hop e future beats da Holanda, e integra a Patta SoundSystem. “Eu toco música que me faz feliz”, diz Franklin, sorridente. “Sou um grande fã de KKing Kong, e de Branko, dos Buraka Som Sistema”, conclui o produtor.  

KKing Kong foi o último artista a atuar, às 05h00. “É a primeira vez que estou a tocar no Hard Club”, revela. Tocou Damaia, o título do EP de estreia do produtor na Enchufada.