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Cultura

MARÉS VIVAS: MARGEM CHEIA PARA O PRIMEIRO DIA

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À margem do rio douro, na praia do Cabedelo, em Vila Nova de Gaia, começou a sentir-se, ao início da tarde de ontem, um certo frenesim que assinalava o começo de mais um festival de verão. Já dentro do recinto, e enquanto os concertos não começavam, filas intermináveis começavam a formar-se nos mais diversos pontos, ora para tentar ganhar uma viagem, ora para maquilhar a cara. O clima quente mas agradável, para o qual terá contribuído a localização marginal, permitiu a  todos os presentes, com ânimo e descontração, tirar partido de todas as oportunidades de entretenimento que o festival oferece.

Os Quatro e Meia foram os primeiros a atuar na 15ª edição do MEO Marés Vivas. O concerto, marcado para as 17:30, abriu o palco Santa Casa e chamou a atenção dos festivaleiros que mais cedo chegaram ao evento. Passados trinta minutos a atuação chegou ao fim, mas não sem antes ser interpretado o tema “Sentir o Sol”.

Seguiram-se os Souls of Fire, banda de Leça da Palmeira que soma já 15 anos de carreira. Para além da já conhecida “Bens materiais”, o grupo apresentou o mais recente single “Sei lá” e estreou ainda um tema novo “Eu não sou perfeito”.

Simultaneamente, e apenas a alguns escassos metros de distância, Fábio Pascoal apresentava-se no palco RTP Comédia. As sessões de Stand-up Comedy atraíram o público que, à medida que a noite avançava, se reunia cada vez mais junto do modesto palco. Pelas 22:15 chegou o momento de Eduardo Madeira se apresentar, já depois de Ricardo Couto e Joel Santos. Perante um vasto número de pessoas, que procuravam aproximar-se o mais possível do palco, o humorista fez jus às expectativas. Numa sessão que se estendeu por mais de uma hora, Eduardo Madeira divertiu e fez rir todos os presentes.

Contudo, a atividade no maior palco do festival – o palco MEO – iniciava-se um par de horas antes, ainda o sol brilhava no céu. Passavam poucos minutos das 20:15 quando Diogo Piçarra entrou a cantar “Dois”, a faixa de abertura do seu novo e homónimo álbum. E ainda que a setlist do concerto se tenha focado nas mais recentes canções do artista, este não esqueceu temas como “Verdadeiro” ou “Tu e eu”, de “Espelho”, editado em 2015. A energia do cantor não deixou ninguém indiferente e o público, entre saltos e aplausos, mostrava-se rendido ao espetáculo de Piçarra. Já o sol se punha quando Jimmy P a ele se juntou para cantar “Entre as estrelas”, num momento que, certamente, terá feito com que todos aqueles que também presenciaram a edição do ano passado se recordassem do momento em que Piçarra se juntou a Jimmy P para interpretarem a mesma música. Com a chegada da noite se aproximava o fim do primeiro concerto do palco MEO. “Dialeto” fechou o espetáculo e o público, em êxtase, despediu-se do artista de Faro que, à medida que atuava, viu o recinto crescer para o ver, contagiado.

Noite cerrada. Tom Chaplin, também vocalista da banda britânica KEANE, entra em palco. Embora tenha lançado, no passado ano, o primeiro álbum a solo, “The Wave”, Chaplin não esqueceu os maiores sucessos da banda que também integra. Ainda ia o concerto no início quando este cantou “Everybody’s Changing” e, posteriormente, “Bedshaped”, ambas de 2009. E como de um concerto a solo se tratava, Chaplin apresentou “Quicksand”, uma das suas novas canções. Com uma bandeira portuguesa junto do microfone, o britânico entreteu um público que se afigurava ligeiramente mais velho do que aquele que assistira ao concerto de Diogo Piçarra.

E foi imediatamente após as onze da noite que os Bastille surgiram com “Send them off!”. A euforia  do público, durante todo o concerto, era evidente. “Olá Marés Vivas!”, saudou o vocalista Dan Smith, antes de começar a cantar “Laura Palmer”. Alternando entre temas do primeiro e segundo álbuns, “Bad Blood” e “Wild World”, respetivamente, a banda levou os portugueses ao rubro, particularmente durante a canção “Flaws”, quando Dan abandonou o palco e atravessou a multidão que o observava. O espetáculo foi longo, repleto de momentos mais enérgicos e outros mais modestos que atribuíram o protagonismo à voz de Smith. Uma vez que este celebrava o seu aniversário, o cantor soprou ainda as velas de um bolo enquanto o público entoava “Happy Birthday”. Como não podia deixar de ser, “Good Grief” e, já no final do concerto,“Pompeii” foram tocadas, para entusiasmo de todos os presentes.

O encerramento da noite foi da responsabilidade do músico Agir. Com músicas bem conhecidas do público português, o artista garantiu que ninguém parasse um único segundo, num espectáculo carismático onde grandes sucessos do artista, nomeadamente “Tempo é dinheiro”, foram tocados com energia e euforicamente recebidos pela plateia.

Para o segundo dia do festival, a banda alemã Scorpions reune consensos como a mais esperada do dia.

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1 Comment

1 Comment

  1. André Peixoto

    17 Jul 2017 at 15:47

    As músicas “Everybody’s Changing” e “Bedshaped” fazem parte do álbum “Hopes and Fears”, dos Keane, de 2004, e não 2009.

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