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Cultura

MEO SUDOESTE: OS SOLDADOS DA LOVE REVOLUTION

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Foi após mais um quente pôr-do-sol na Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar, que o Palco MEO se viu invadido pela energia contagiante de Big Nelo e C4Pedro, que juntos formam a dupla B4: irreverente, contemporânea e que põe toda a gente a dançar. Os dois artistas trouxeram ao Sudoeste uma fusão de zouk, afro-house e R&B com os principais êxitos do seu primeiro álbum, “Los Compadres”. Foram interpretados temas como “Baby Tu Sabes”, “Swaggelelíssimo”, “Casamento” e “Não Faz Isso Bela” (originalmente interpretado por Os Detroia) numa constante interação e proximidade com o público. Para o fim, guardaram como trunfo “Bo Tem Mel”, sucesso que partilham com Nelson Freitas e considerado hit deste Verão. Não faltou “É Melhor Não Duvidar”, ao lado de Rita Pereira (protagonista do videoclip), que assistiu a todo o concerto na fila da frente e tentou cantar o refrão, embora o microfone não o tivesse permitido.

África aqueceu o palco para os brasileiros O Rappa, uma banda com longa história – e 20 anos de existência – no mundo do reggae em fusão com o hip hop e o funk. No ano passado, a banda lançou o seu mais recente disco, intitulado “Nunca Tem Fim…”, do qual trouxe ao Sudoeste êxitos como “Anjos” e “Auto-Reverse”.

Finalmente, “chegou a hora” pela qual a massa de festivaleiros esperava: a de 5-30. Carlão (fundador dos Da Weasel), Fred (baterista dos Orelha Negra) e o MC Regula sobem ao palco pelo novo projeto que juntos criaram ainda este ano. O trio contou ainda com a presença de dois convidados muito especiais: Sam The Kid (rapper português) e Kalú (baterista dos Xutos e Pontapés e pai de Fred). 5-30 decide começar pel’”O Princípio” e apresentar um elenco do seu primeiro, único e homónimo álbum. “Já Estive Aqui” foi o tema que iniciou esta sequência, da qual também fizeram parte “Abuso”, “Vício” – cujo videoclip estreou esta semana – e “Arame” antes de subir a palco Kalú. O baterista foi convidado para um back-to-back com o seu filho, Fred Ferreira, o primeiro encontro da família num palco. Sam The Kid, também muito associado ao projeto “5-30”, surge para dar voz a “Pitas Querem Guito” e “A Dúvida”. O público ficou rendido à colaboração entre os três rappers – Carlão, Samuel e Regula – aplaudindo e cantando os seus êxitos em voz alta. “Chegou a hora, com muita pena nossa” foram as palavras de Carlão que introduziram o fim do concerto com o primeiro single da banda.

É Gentleman quem se segue na boa onda de música tocada no Sudoeste, nesta noite. O alemão traz a Portugal um reggae fiel, puro e energético, aproveitando para promover o seu mais recente trabalho, intitulado “New Day Dawn”. Apologista da revolução pelo amor e da esperança em dias melhores, a vibe de Gentleman invadiu o público, que vibrava a cada aproximação do artista. A surpresa do concerto é Richie Campbell, introduzido como o seu “irmão mais novo”. Sobe ao palco no segundo e no último tema, o êxito do português, “That’s How We Roll”. “Intoxication” e “Superior”, temas muito populares em Portugal, não puderam faltar no repertório apresentado.

O Palco MEO despede-se de novo com música eletrónica, ontem com o DJ Sebastian Ingrosso. À semelhança do que se passou nas noites anteriores, o público mostra-se adepto deste tipo de serão. O recinto esteve cheio de pessoas a dançar, a saltar, inebriadas pelo fumo e pela luz do cenário do artista sueco. Satisfeito com a quantidade de fãs que reparou ter por Portugal e, sobretudo, com a vista que ele próprio tinha do espetáculo, decidiu dar um espaço a este momento no seu Instagram. Ingrosso aproveitou ainda a oportunidade para introduzir ao público português uma nova música.

No Palco Santa Casa, Time For T. é o resultado da fusão de seis artistas de quatro nacionalidades diferentes (britânica, espanhola, suíça e portuguesa). Nesta noite, o líder da banda foi Tiago Saga, que começou este projeto a solo e o apresentou ao Sudoeste com muito orgulho. O público presente não era muito, mas parecia fiel ao saber cantar a maioria dos temas. Numa onda de folk, pop e reggae, o sexteto encantou o gosto de quem se fazia passear pelo palco secundário. A Time For T. seguiu-se a banda portuguesa Melech Mechaya, representante da música Klezmer, de índole judaica, mas não religiosa. Composto por cinco elementos, o grupo tem andado pelo mundo e não recusou parar em casa para um concerto original e intimista.

Na MOCHE Room, a noite começou com o portuense Dentinho. Ainda com o público disperso pelo recinto, o artista reggae conseguiu agarrar os festivaleiros ao apresentar os seus temas repletos de boa vibe. Por esta tenda passou, ainda, Nelson Freitas com o contagiante tema “Bo Tem Mel”, já interpretado pela dupla B4. Logo após desparecerem os últimos sinais de fumo do palco principal, coube ao português John Steven e ao sueco Oliver Ingrosso – primo de Sebastian Ingrosso – a tarefa de prolongar a música até ao fim da madrugada.

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1 Comment

1 Comment

  1. Observação

    14 Ago 2014 at 15:08

    Fogo e o concerto do Dentinho não mereceu destaque aqui? Foi altamente e imediatamente antes.

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