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Cultura

MEO SUDOESTE: #DIAD – O APOGEU DA MÚSICA ELETRÓNICA

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A abertura do palco principal neste domingo de encerramento esteve a cargo de Djeff Afrozila. O primeiro dos seis DJs que pisaram o MEO stage vem de Lisboa mas não esconde as suas raízes africanas e cabo-verdianas. Num set que reuniu estilos variados – pop, rock, afrodance, house – foi o ingrediente fundamental ao warm-up dos festivaleiros, numa noite onde parar de dançar é sinónimo de morrer.

Logo de seguida, o palco foi invadido por uma explosão de beats de electro rock assinados por Karetus, uma dupla lusa que conta com milhares de fãs pelas redes sociais. Os dois DJs foram capazes de prolongar o ritmo e restaurar a energia pelo Sudoeste à medida que o sol se começava a por atrás das suas costas.

O início da noite é, por sua vez, patrocinado por Kura, DJ que tem arrebatado corações em cada sala por onde passa. Agora num palco colossal, o artista não consegue deixar de mostrar o quão privilegiado se sente por misturar em frente a um público como o da Zambujeira. O rock também é protagonista no set apresentado pelo português, que misturou sucessos de bandas icónicas como Linkin Park, Red Hot Chili Peppers e The White Stripes.

Benny Benassi é quem ocupa o palco mal os aplausos para Kura se esvaecem. O italiano traz consigo uma bagagem de mais de 30 anos de carreira e foi no electro, no house e no techno que fez a sua casa. Numa onda mais comercial, teve a chance de poder trabalhar com artistas como John Legend, Chris Brown e os The Black Eyed Peas, e de produzir discos que chegaram às tabelas dos mais vendidos. No MEO Sudoeste, a multidão pareceu agigantar-se à chegada do DJ que produziu e reproduziu, aqui, hits como “Cinema” e “Satisfaction” que, das salas aos grandes palcos, parecem fazer as delícias de qualquer festivaleiro.

O britânico Example veio, já depois da meia-noite, ao Palco MEO para provar a sua versatilidade. Mestre no canto, no rap, na comédia e MC por predefinição, o artista trouxe a sua banda à Zambujeira e presenteou os festivaleiros com uma performance coerente, energética, e capaz de manter a chama acesa até ao grande concerto final.

O Dia D pode ser interpretado, entre muitas outras maneiras, como o dia de David Guetta. De facto, é do DJ francês o nome mais esperado do cartaz de 2014 do MEO Sudoeste. Apesar de não ser a sua primeira vez cá, Guetta confessa o entusiasmo que sente a cada regresso. São muitos os êxitos produzidos e assinados pelo DJ, que também é autor de populares remisturas de hits dos mais variados estilos. “Shot Me Down” (na voz de Skylar Grey) foi o tema que abriu um concerto que prometia por os sobreviventes da herdade a cantar e saltar até à exaustão. O artista trouxe à Zambujeira uma playlist que não desiludiu pela sua atualidade. “Love Don’t Let Me Go”, “When Love Takes Over” e o recente hitBad” foram algumas das produções originais que arrancaram as letras completas das bocas do público. Guetta não poderia descurar, ainda, uma homenagem a outros DJs e às suas criações. Como tal, ouviram-se novamente pela herdade temas como “Under Control” de Alesso, “Summer” de Calvin Harris e “Ten Feet Tall” de Afrojack, algumas das músicas mais populares deste ano. De “She Wolf (Falling to Pieces)” e “Titanium”, ambas na voz de Sia Furler, foram as batidas que fecharam o concerto sonora e visualmente irrepreensível do DJ mais comercial da atualidade.

Na sua última noite, o Palco Santa Casa contou com a presença de Maria Bradshaw e da banda Asterisco Cardinal Bomba Caveira. A ex-concorrente do Ídolos veio ao Sudoeste mostrar o que tem feito da sua carreira e provar que não é uma voz de ficar por casa. O seu concerto baseou-se nas suas próprias interpretações de grandes hits da música contemporânea, em versão mais despida ou acústica. Os rapazes influíram, por sua vez, numa onda mais pop-rock repleta de boa disposição.

O terceiro e último espaço – a tenda eletrónica – abriu com Dengaz, lisboeta da escola do hip hop e do rap. O artista ficou surpreendido pela quantidade de festivaleiros presentes na Moche Room para o ver e agradeceu a sua preferência. A festa prosseguiu com duas personagens caricatas: a bela portuense Miss Sheila e o norte-americano DJ Bl3nd, escondido atrás de uma máscara de leão algo assustadora e de uma playlist harmoniosa com ritmos pesados e aleatórios.

Rui Vargas é o nome do DJ que tem a honra de desligar as colunas do festival da Zambujeira e que contou com a afluência de um público que pretende espremer todo o sumo da festa que lhe resta. É com o som dos aplausos e sorrisos de satisfação que chega ao fim o MEO Sudoeste, na certeza de uma nova edição em 2015. Porque se só se vive uma vez, volta-se sempre ao lugar onde sabe bem viver.