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Cultura

KANDIA: O VAGOS “SUPEROU TODAS AS EXPECTATIVAS”

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Tudo começou como um projeto a dois entre Nya Cruz e André Cruz. Recentemente, e perante a necessidade de aumentar o número de elementos da banda, juntaram-se mais 3 elementos: Tiago Delgado na guitarra, Bruno Martins no baixo e Hugo Ribeiro na bateria. Os Kandia – termo que em cabo-verdiano significa “encandear” – são o resultado de uma mistura de influências que resultou num rock puro e melódico, onde estão presentes elementos do metal e ainda de eletrónica.

Ao longo de um percurso autónomo e independente, a persistência do grupo tem sido recompensada. Estrearam-se com o EP “Light” em 2008, e dois anos mais tarde saiu o primeiro álbum “Inward Beauty|Outward Reflection”, o qual contou com o lançamento de uma edição especial japonesa.

Em 2013, venceram o concurso mundial Global Rockstar. Os Kandia representaram Portugal com o single “Scars” e aproximaram-se, duelo a duelo, da vitória na grande final. O mérito é grande. Participaram nesta corrida bandas de mais de 70 países de todo o mundo. Uma conquista desta dimensão deu-lhes maior notoriedade e reconhecimento, e graças a muito esforço, vão dando passos rumo à internacionalização.

A banda partilhou com o JUP o orgulho em tocar no estrangeiro. Em Espanha deram um concerto “que foi brutal”, assim como foi a actuação no Festival SummerSound na Letônia, onde partilharam o palco com Guano Apes. Segundo eles, “o ponto alto foi abrir dois concertos dos Within Temptation” cá em Portugal. Esta foi uma oportunidade que os marcou e que se revelou um dos melhores momentos da carreira.

O novo álbum

À semelhança de bandas como Blasted Mechanism, Frankie Chavez ou Primitive Reason, os Kandia lançaram o seu segundo álbum “All Is Gone” através de uma plataforma de financiamento colectivo – o crowdfunding – que reúne todas as ajudas monetárias de pessoas que acreditam e investem numa causa ou projecto. Não obstante o último álbum ter um registo diferente e de, nomeadamente, conter algumas influências de dubstep, parece que isto não representou nenhum problema. Segundo Nya, “Apesar das mudanças, a reacção dos fãs foi fantástica, melhor que em relação ao álbum anterior. E embora os dois álbuns sejam bastante diferentes, conseguimos angariar mais fãs e, para além disso, manter os que já tínhamos, afirma. Para além disso, “tivemos excelentes críticas no estrangeiro”, o que mostra o feedback positivo do público. No final, revelaram-nos que as músicas preferidas do álbum são: “All is gone”, “Blow” e “Deviant”.

A inspiração surgiu através do “dia-a-dia, das notícias que nos chegam, de experiências nossas ou até de histórias que a família e os amigos nos contam”. Já o processo de escrita e gravação foi um bocadinho diferente. Nya definiu-o como um “intercâmbio de riffalhadas” e explicou: “tudo aconteceu fora do normal porque foi, principalmente, através do computador que tudo se passou”. A banda salientou a ajuda que teve por parte do músico Daniel Cardoso – membro da banda Anathema – na produção do álbum: “fomos trocando, uns com os outros, o material que tínhamos, porque não nos conseguimos reunir muitas vezes”, por isso foi um processo tudo menos normal.

O estreia no Vagos

Antes de mais, procurámos saber qual era o balanço sobre a passagem pelo palco do Vagos Open Air. Segundo Nya, o concerto teve mais gente do que estavam à espera, tendo em conta que era um dia de semana e que foram a segunda banda. Para além de um grande número de curiosos, a banda pôde contar com a presença de muitos membros da Luminous Legion (comunidade de fãs dos Kandia) na sua estreia no festival. Portanto, depois de desvalorizarem um ou dois problemas técnicos que aconteceram durante a actuação, os Kandia confessaram que o concerto “superou todas as expectativas” que tinham.

Em relação ao que aconteceu neste concerto o público estava recetivo. No geral, há uma pequena diferença entre os públicos português e estrangeiro: “os estrangeiros são mais recetivos, mais efusivos. Talvez porque não têm tanta possibilidade de nos voltar a ver”, o que acontece também entre o público de Lisboa em relação ao do Porto, pois “estes sabem que nos encontramos com maior facilidade”.

Os Kandia confessaram-se fãs de muitas das bandas que fizeram parte do cartaz do VOA 2014. Gates Of Hell, Sylosis, Soilwork, Kreator, Epica, Gojira, são bandas com que não deixariam de partilhar o palco. Nya concluiu: “no fundo, gostamos de todas as bandas que cá estão hoje”.

No que toca ao futuro, as perspetivas são boas. “De momento, temos estado parados devido a questões pessoais. Mas no futuro, depois de estas questões serem ultrapassadas, voltaremos a reunir para criar novas coisas” e tudo ganhará um novo ritmo. Para já, continuarão a dar concertos, depois chegará o momento de fazer novas composições.

Em Outubro, os Kandia têm um concerto agendado para o dia 4, em Pinhal Novo, Setúbal.

O álbum mais recente pode ser adquirido online na página oficial dos Kandia.

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