Jesus Quisto – “Playback” ao vivo no Coliseu do Porto

A banda da série da RTP “Pôr do Sol” tornou-se viral pela sua essência humorística e letras descabidas. O nome dos espetáculos – Best of Playback Live Tour – coloca todas as cartas na mesa e clarifica que o grupo não canta ao vivo. Porém isto não é um entrave para os fãs, que fizeram questão de marcar a sua presença. Afinal de contas, a banda é composta pelos atores, e não cantores, Diogo Amaral, Cristóvão Campos, André Pardal, Madalena Almeida e Mafalda Marafusta. Para além do playback vocal, os atores também fingem tocar instrumentos como guitarra, baixo, bateria, flauta, pandeireta e cavaquinho.

O ano tem sido trabalhoso para os Jesus Quisto que abriram o Festival da Canção com a música “For Win The Festivals”, no passado mês de março. Mesmo não sendo cantores profissionais, os membros dos Jesus Quisto entregaram uma performance recheada de entretenimento e humor.

O conteúdo sátiro das suas letras e a sua performance na série assegurou-lhes o carinho do público, especialmente dos mais jovens. A prova disso é que os Jesus Quisto esgotaram o Coliseu dos Recreios em Lisboa com a sua atuação no dia das mentiras (1 de abril). Temas como “I Remembers”, “Beavers in Love”, “Childrens”, “What” e “Drug is a pit” foram os protagonistas da noite.  A música predileta do público “Portugals” teve direito a um re-play .

“À vossa maneira vocês são incríveis” – disse André Pardal, numa das suas interações com os fãs presentes. Durante o concerto, os Jesus Quisto interagiram com o público, brincando com assuntos como o amor, animais e o ambiente: “Nós preocupamo-nos bué com o ambiente porque é bué importante e temos medo da Greta”.

A relação entre os integrantes da banda é de grande cumplicidade, tendo proporcionado um beijo entre Diogo Amaral e Cristóvão Campos. O fim do espetáculo foi marcado por apresentações de cada membro dos Jesus Quisto, acompanhadas de elogios e aplausos sem fim. A vénia final  foi compartilhada com duas crianças vindas diretamente do público, a forma perfeita de terminar um concerto tão rico em diversão.

Artigo por Íris Silva

Conteúdo multimédia por Bárbara Pedrosa