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Educação

SDDUP: TERRORISMO INTERNACIONAL FOI TEMA DE DEBATE NA AGNU

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Entre as 9h e as 18h, os estudantes desafiados a participar nesta iniciativa simularam um dia da Assembleia Geral das Nações Unidas. Para isso, cada equipa participante representou, individualmente ou em pares, uma delegação de um país e defendeu os seus interesses, assumindo a sua postura nas relações com a comunidade internacional.

Na parte da manhã, os delegados dos diferentes países reuniram em comissões, com o objetivo de elaborarem propostas de resolução. Posteriormente, as medidas foram discutidas e foram apresentadas propostas de emenda e/ou alteração das mesmas. Por fim, as medidas foram votadas na Sessão Plenária, da parte da tarde.

A Mesa da Sessão Plenária contou com a participação de Marta Chantal, Professora Doutora de Direito Internacional Público e Direito da União Europeia e Graça Enes, Professora Doutora de Introdução ao Direito, na FDUP, a quem se juntaram Cláudio Teixeira, fundador e primeiro presidente da Sociedade de Debates da Universidade de Coimbra (SDUC), e Irma de Magalhães, membro da SdDUP.

Marta Chantal fez a abertura da Sessão Plenária e, no seu discurso, contextualizou a importância da discussão das questões relacionadas com o Terrorismo Internacional. Afirmou que “o Direito Internacional mudou depois do ataque às Torres Gémeas”. Congratulou ainda os Estados Unidos da América, o Brasil e a Rússia pela produção das propostas de resolução que foram entregues à Mesa.

Sendo o terrorismo uma questão transnacional, tópicos como o conflito sírio, o ataque ao jornal Charlie Hebdo, o atentado na Maratona de Boston, o tráfico de drogas, o ciberterrorismo e as fontes de financiamento terrorista não ficaram de fora da discussão. Os delegados não esqueceram ainda o papel das mulheres em cargos de poder na ONU e da educação, uma vez que, é imperativo “educar em prol da paz e da tolerância religiosa”, referiu o delegado alemão.

Terminado o debate e as negociações, a resolução foi votada e aprovada.

No final da sessão foram atribuídos os prémios AGNU 2015 à melhor delegação e melhor orador e ainda duas menções honrosas:

Menção Honrosa (Delegação): Estónia – João Ferreira e Andreia Raposo
Menção Honrosa (Orador): Alemanha – Pedro Múrias
Melhor Orador: Israel – Simão Duque
Melhor Delegação: EUA – André Rodrigues

 

 

“Os jovens têm uma relação muito desligada com a política internacional, quando a têm”.

 

Luísa Taveira é estudante na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e é presidente da Sociedade de Debates (http://www.sdd.up.pt/ ) desde o ano passado, no entanto, faz parte da organização desde 2010.

Sobre a Sociedade de Debates, a presidente considera que a organização tem conseguido chegar cada vez a mais estudantes de várias áreas. “É dos poucos grupos académicos que atua à escala da Universidade e que mistura estudantes de vários backgrounds académicos”, salientou.

A SdDUP quer desmistificar a ideia de que o debate competitivo se destina apenas a alguns, uma vez que “ainda existe muito preconceito de que este tipo de atividade está mais vocacionado para alunos das áreas do Direito, da Filosofia ou de Economia. Muitas vezes os alunos das áreas das Ciências sentem que é uma coisa que não tem a ver com eles”, destacou a presidente.

“Temos conseguido envolver pessoas na entrada para a faculdade e ajudá-las a crescer e a desenvolver o espírito crítico e determinado tipo de competências que muitas vezes a formação académica propriamente dita não consegue cobrir”, explicou Luísa Taveira.

Relativamente à relação dos jovens com a política internacional, a estudante da FCUP considera que “tendencialmente tem uma relação muito desligada, quando a têm. Muitas vezes não a tem de todo”. Acrescentou que iniciativas como a simulação da AGNU “podem ser uma boa forma de aproximação nesse sentido, porque obriga as pessoas a compreender as questões previamente, não só na atividade, porque exige preparação”.

A Sociedade de Debates “tem ajudado a sentir que toda a gente tem alguma coisa a dizer e que quando as pessoas põem a cabeça a funcionar podem ter opiniões construtivas mesmo que com perspectivas diferentes do mundo”, referiu Luísa Taveira.

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