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Crónica

ANÁLISE AO PORTO-BAYERN

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António Aroso

António Aroso

No passado dia 15 de Abril, todos os que gostam de futebol tiveram o privilégio de assistir a um grande jogo, entre um colosso do futebol mundial e uma equipa portuguesa habituada aos grandes palcos europeus. Duas equipas com 2 grandes treinadores, Guardiola reconhecidamente um dos melhores do mundo e Lopetegui um treinador em ascensão a quem se projecta um futuro brilhante. A equipa de Pep Guardiola sempre fiel aos seus princípios de jogo, numa estrutura 4-3-3, modelo de jogo assente na posse de bola, bloco defensivo muito subido, constantes trocas posicionais entre os seus jogadores, jogo interior muito intenso e para mim a principal característica das equipas de Guardiola, o momento da perda de bola em que são fantásticos e únicos. O Fc Porto apresentou-se em 4-3-3, sem mudar a sua filosofia de jogo, teve como é óbvio que se adaptar à forma de jogar do bayern, teve que fazer circulação de bola de forma mais rápida, e habituar-se à ideia de ter menos bola do que o costume. Criou uma primeira linha de pressão alta sobre os centrais do Bayern que não são muito dotados tecnicamente na saída de bola, o próprio Xabi Alonso que descia para começar a organizar jogo sofreu com o timing do pressing portista. Após essa primeira linha de pressão que originou 2 golos e muitos problemas na organização a partir de trás como tanto gostam, a linha de meio campo esteve sempre muito junta, intensa e agressiva. Talvez a falta de Robben e Ribery tenham retirado profundidade ao jogo dos alemães o que permitiu ao Porto encurtar os espaços entre linhas do Bayern.

Mesmo com a ausência de super craques como Alaba, Schweinsteiger, Ribery e Robben, o Porto e o seu treinador tem um mérito enorme no que conseguiram fazer a uma das equipas mais fortes da história do futebol.

Terça-feira adivinham-se muitas dificuldades, mas esta equipa fez sonhar o mais pessimista dos adeptos.

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1 Comment

1 Comment

  1. David Guimarães

    20 Abr 2015 at 0:13

    Amigo Tó Aroso,

    Mais um belo artigo, com um conhecimento estruturado e bem redigido.
    Um ponto de discórdia apenas, quando afirmas: “para mim a principal característica das equipas de Guardiola, o momento da perda de bola em que são fantásticos e únicos”, estou em desacordo. Acho que o Bayern tem poucos pontos menos positivos, entre eles a saída de bola pelos centrais (Dante e Boateng) e pelo médio defensivo (Xabi) e precisamente a transição defensiva. No momento da perda de bola, o Bayern normalmente está muito subido, tendo dificuldade em estancar os contra golpes adversários, que aproveitam em saídas rápidas para ferir Neuer. Das pouquíssimas derrotas que sofreram esta época, foi nesses momentos que a equipa não foi consistente. O Barça de Guardiola sim, tinha uma resposta à perda de bola avassaladora, este Bayern não acho tão forte. Se bem que importa dizer uma coisa… esta equipa bávara não tem pontos fracos, só menos fortes.

    Um forte abraço!

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