Devaneios
CALOTEIRO
Era uma vez um menino que não sabia que devia à segurança social. Era outra vez uma menina que se lembrou de lhe chamar ‘caloteiro’. Eram, ainda, mais uma vez os media que decidiram fazer dessa troca, fofinha, de nomes a coisinha mais importante do mundinho. Desculpem ferir susceptibilidades, mas a situação é só ridícula.
Vamos por partes. Ora pois bem, a menina que em cima referi é a deputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, atriz de profissão que, ao pensar que estava na hora do show e que era tempo de dar canal, chamou ‘caloteiro’ ao nosso rico Passos Coelho. Esta situação é tão má, de tanta alcoviteirice, que me causa náuseas!! Mas quem, estando a representar um partido político, Bloco de Esquerda, que, por sua vez, representa um grupo de portugueses e que um dia, hipoteticamente, pode representar o Governo português (aiiiii, agora tive piada), pode descer ao nível de insultar – a meu ver, isto é um afrontamento à personalidade do Coelhito – o Primeiro Ministro? O NOSSO PRIMEIRO MINISTRO? Se eu já acho inadmissível não haver consciencialização política ao ponto de se fazerem ouvir “são gatunos”, “só nos f*d*m” e “são os culpados”, ter uma representante, de quem se revê na Esquerda Social, que decide fazer desta situação num momento super típico da Casa dos Segredos, é o apocalipse! É impensável cogitar que um ser humano, a quem lhe foi concedida racionalidade e maturidade, cometa tal atrocidade. Sim, é uma barbaridade!!
Cada vez mais, acho que o nosso problema, o problema português, se centra na falta de conhecimento, político em especial. Se não houvesse poluição de opiniões e, ao invés, existisse vontade de explicar a conjuntura económica e política, o país evoluía a olhos vistos. Preconizo que um povo forte é aquele que é interessado, conhecedor, que se mantém atualizado. E, com isto, quero dizer que é importante que haja políticos que se desliguem da febre do poder e que se foquem em descortinar e esclarecer o povo português; é, claro, que, também, me refiro que deve haver mais transparência política e que os media têm um papel fulcral para que tal – a consciencialização dos portugueses – aconteça.
São palavras inocentes, muito naïve, tenho noção disso. Todavia, se continuarmos nesta febre de poder, onde se descura os meios para atingir fins, vamos ser muito pequeninos. A saída da Cati foi má. Péssima, aliás. Há que abordar, de igual forma, o esquecimento, ou falta de conhecimento, do Passitos. Então, alegadamente, não é que o nosso Primeiro Ministro não pagou as contribuições da segurança social, enquanto trabalhador independente, que perfaziam um total de 7534,8 euros ?! Esta questão levanta outra bastante pertinente: anda o Passitos a fazer pressão para todos nós (vá vós, porque ainda não pago nada!) declararmos tudo à Segurança Social e pagarmos os impostos de forma justa, e o próprio não tem conhecimento que deve mais de sete mil e quinhentos euros?! Cheira-me a esturro…. Se bem que, como tudo está bem quando acaba bem e a dívida, mesmo prescrita, já foi saldada, sinto não haver a necessidade de recalcar o assunto. Na verdade, há mais com que nos preocuparmos, para além deste “caloteiro” episódio, digno de capa de TVguia ou Lux. Nada contra as revistas cor-de-rosa. Leitura imprescindível de WC. Enfim…. Vicissitudes de uma vida.
(aiiiii, agora tive piada)
18 Mar 2015 at 20:32
Barbaridade ainda maior é esta peça aqui publicada. JUP, por favor, mais controlo de qualidade. Para não contribuir para a “poluição de opiniões”, não me alongo mais.
Anónimo
19 Mar 2015 at 0:04
na parte de opinião, não é suposto as pessoas darem as opiniões?! Aqui não se poluem mentalidades, só é uma manifestação de opinião. Se vai de encontro aos seus ideias e opiniões, tem que respeitar na mesma.
E o ‘(aiiiii, agora tive piada)’ é ironia e sarcasmo, recursos estilísticos. Só isso, não fere ninguém.
Bom texto!
Anónimo
19 Mar 2015 at 0:01
Talvez quem tenha que ter mais controlo nos seus comentários, seja o próprio. Caso não tenha conhecimento, opinião é – segundo o dicionário – um juízo PESSOAL que se forma de alguém ou de alguma coisa.
Ah e, sim: a Humanidade agradece que não se “alongue mais”.