Connect with us

Devaneios

DECLIVE

Published

on

Marta Pinha

Marta Pinha

Sempre tiveste um travo amargo.
E eu, tristemente,
Resgatava essa alma putrefacta
Nas madrugadas de verão
Enquanto caminhava no planalto que és
Cheio de altos e baixos.
Aí as vozes sem sentido eram calor
Mas tu mantinhas-me o sangue frio.
E na última madrugada,
Em que a contragosto olhei para trás,
Vi que eras um mero declive
Decorado com copos de plástico
Que nunca chegaram a estar meios cheios.

Save

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *