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Autárquicas 2021

Autárquicas 2021: Matosinhos

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Nas últimas eleições autárquicas, o Partido Socialista venceu com 36,3% dos votos (29.052), elegendo Luísa Salgueiro. Em segundo lugar, surgiu o candidato Narciso Miranda com 16,2% dos votos, seguido do SIM, com 15,2% dos votos.

Retrato do município

Em 2020, Matosinhos registou 175.457 residentes, dos quais 5.804 eram estrangeiros. A população ativa, segundo dados apresentados pela Pordata, representava 64,9% do número total de habitantes, 0,7 pontos percentuais acima da média nacional. O ganho médio mensal era de 1.285€, em 2018, e o poder de compra per capita era de 123,0, em 2017. Além disso, o concelho tinha, em 2019, 21.498 empresas não financeiras.

Em Matosinhos, há nove candidatos a concorrer pela presidência da Câmara Municipal. Cinco das candidaturas apresentadas contam com o apoio de partidos, duas constituem coligações e as outras duas são movimentos independentes.

Candidatos à presidência de Matosinhos

Luísa Salgueiro (PS)

Foto: Federação Distrital do Partido Socialista do Porto

Luísa Salgueiro, licenciada em Direito e atual Presidente da Câmara, recandidata-se pelo Partido Socialista, que preside a Câmara matosinhense, desde sempre, à exceção do mandato de 2013.

A Comissão Política Concelhia do PS de Matosinhos considera que “ao longo dos últimos 4 anos, apostámos no desenvolvimento do concelho de Matosinhos e das suas freguesias, apostámos numa gestão autárquica rigorosa, ambiciosa, inovadora e, de forma imprevisível, combatemos a pandemia e o seu impacto no nosso concelho e nos matosinhenses”.

Os próximos 4 anos serão de novos desafios, novas necessidades e dificuldades para a nossa população e é com reforçado empenho, coragem e compromisso com o trabalho em prol da comunidade que estaremos ao seu lado, dando continuidade ao projeto do Partido Socialista”, afirma a concelhia socialista.

José Pedro Rodrigues (CDU)

Foto: Câmara Municipal de Matosinhos

José Pedro Rodrigues, que possui uma Licenciatura em Comunicação Social pela Universidade do Minho, candidata-se pela CDU. Em 2013 e 2017, foi eleito vereador da Mobilidade e Transportes, sendo que, no último, assumiu também a vereação da Proteção Civil.

De acordo com o Programa Eleitoral descrito na página da CDU Matosinhos, a sua candidatura foca-se essencialmente em oito pontos fulcrais. O primeiro ponto é relativo ao desenvolvimento económico e à existência de emprego com direitos, onde destaca a “promoção de um grupo de trabalho em torno das questões da igualdade de género no emprego”, como também um maior investimento nos centros históricos das freguesias.

Além disso, o candidato espera investir na mobilidade, salientando a importância de melhorar a acessibilidade para pessoas com necessidades especiais e de expandir a A28 nos troços entre a Ponte de Leça e a Rotunda dos Produtos Estrela.

A coligação propõe, no âmbito da educação, cultura, desporto e domínio social, uma “melhor articulação da rede de equipamentos e infraestruturas culturais” no concelho. O partido defende o término da revisão do Plano Diretor Municipal, bem como o desenvolvimento de ecociclovias no vale do Leça.

O candidato contempla, ainda, a redução do IMI e a criação de “um regulamento mais justo de acesso à habitação social”. Por último, José Pedro Rodrigues relembra, no programa eleitoral, a urgência de “definir políticas de apoio à vacinação, desparasitação, esterilização e chipagem de animais cujos cuidadores tenham mais dificuldades económicas”, bem como de defender, também, o apoio e a cooperação entre as várias associações que desempenham funções neste âmbito.

Bruno Pereira (PSD/CDS)

Foto: PSD Matosinhos

Bruno Pereira, natural de Matosinhos e advogado, candidata-se pela coligação PSD/CDS-PP. Com o lema ‘Matosinhos, O Futuro é Agora!’, o candidato defende que é o momento para o concelho se libertar da estagnação.

No Programa Eleitoral, Bruno Pereira afirma que “sem um bom sistema educativo não há coesão social, não há desenvolvimento, não há futuro”. Neste sentido, o candidato pretende implementar medidas para a criação de berçários e creches públicos, melhorar as infraestruturas escolares, dotar os estabelecimentos de ensino de meios tecnológicos e criar um plano que “combata o insucesso e o abandono escolar”.

O candidato defende o desenvolvimento de infraestruturas que incentivem a população a praticar desporto, bem como “a obrigatoriedade da aprendizagem de natação ao nível dos alunos do 1º ciclo”.

Bruno Pereira, no âmbito do Turismo, Cultura e Património, pretende desenvolver espaços, nos quais os artistas matosinhenses, possam partilhar os seus trabalhos.

O candidato tenciona, ainda, facilitar os processos de licenciamento e investir no “desenvolvimento de uma política de Derrama que fomente o comércio”, mas também na ajuda financeira às empresas que adotem o regime de teletrabalho.

Bruno Pereira propõe, ainda, a “isenção de IMI para imóveis objeto de reabilitação” e ajudar os jovens no acesso às Áreas de Reabilitação Urbana.

António Parada (António Parada SIM)

Foto: António Parada SIM/Facebook

António Parada, que tem uma Licenciatura em Relações Internacionais, é candidato independente à Câmara Municipal de Matosinhos. O cabeça de lista do movimento António Parada SIM conseguiu , em 2013, três lugares na vereação e dois, há 4 anos.

Na apresentação da sua candidatura, o líder do movimento independente, afirmou que se trata de uma candidatura, que procura “fazer mais e melhor”, de forma a tornar o concelho atrativo, quer para pessoas, quer para empresas.

O candidato considera que “Matosinhos mergulhou no marasmo a que foi votado nestes últimos três anos e meio”, visto que “o atual Executivo preferiu apostar na promoção pessoal da presidente e dos seus vereadores, preferiu passar o tempo na televisão em vez de estar no terreno a conhecer os problemas que verdadeiramente preocupam as pessoas”.

Assim, António Parada garante que o seu objetivo é estar “sempre com o foco nas pessoas, no emprego e na promoção de Matosinhos”.

Carla Silva (BE)

Foto: Bloco de Esquerda – Matosinhos/Facebook

Carla Silva, professora na Escola Secundária Alexandre Herculano, no Porto, concorre pelo Bloco de Esquerda à presidência da Câmara Municipal. A candidata reconhece os “vícios instalados pelos sucessivos Executivos socialistas ou ex-socialistas” na autarquia.

A bloquista salientou o trabalho realizado pelo partido, quer na Assembleia Municipal, quer nas Assembleias de Freguesia, como a “implementação da Tarifa Social da Água, da abolição de Herbicidas com Glifosato, além da proposta que apresentamos para a existência de um Plano Específico para a Gestão da Água no Rio Leça”.

O direito à habitação condigna e à saúde, a melhoria dos transportes e as políticas ambientais são os principais objetivos da candidatura bloquista. “Queremos um município que proteja os seus habitantes e que acautele, acima de tudo, os direitos inalienáveis dos seus cidadãos. Defendemos a existência de investimento em Matosinhos que preveja a criação de emprego, com direitos, e que dinamize a nossa economia, o nosso comércio local e a nossa restauração“, afirmou a candidata.

Carla Silva não poupou críticas ao atual executivo, considerando que “foi um mandato sem uma liderança forte e sem capacidade negocial junto das entidades supramunicipais, como o Governo, a APDL e a própria Área Metropolitana, e isto em matérias tão importantes como foram os casos do encerramento da refinaria da Galp, da obra de prolongamento do quebra-mar no Porto Leixões, da colocação de novos pórticos nas principais vias de acesso a Matosinhos e, finalmente, do problema reiterado de acesso à ponte de Leixões, tudo isto tem prejudicado os nossos munícipes”.

A candidata considerou, ainda, que a falta de visão e planeamento marcou a ação do atual Executivo.

Nuno Pires (PAN)

Foto: Facebook do PAN Matosinhos

Nuno Pires, candidato pelo PAN, pretende continuar a trabalhar naquele que é o projeto do partido para o concelho. Numa entrevista à agência Lusa, o assessor parlamentar afirmou que “a vereação poderá estar ao alcance para conseguirmos fazer a diferença no concelho de Matosinhos”.

O candidato pretende “trabalhar com seriedade”, no âmbito da habitação, de forma a garantir habitações condignas e acessíveis à população do concelho.

Nuno Pires tenciona, ainda,  criar “modelos de educação alternativos”, bem como fomentar refeições mais saudáveis e nutritivas e menus vegetarianos nas cantinas das escolas.

Humberto Silva (Iniciativa Liberal)

Foto: Humberto Silva 2021/Facebook

Humberto Silva, fundador do movimento Diz Não ao Paredão, é candidato independente pela Iniciativa Liberal e conta com o apoio da Aliança. Nas linhas gerais da sua candidatura defende o progresso, o desenvolvimento económico e social, o ambiente, bem como a qualidade de vida.

O candidato pretende apostar na criação de um portal de denúncia anónima, de forma a aumentar a transparência relativamente a atos de corrupção. Além disso, Humberto Silva, destaca a necessidade de requalificar a A28 e de realizar um estudo sobre a circulação de veículos pesados.

No seu programa eleitoral, o candidato afirma, ainda, que quer desenvolver um plano para a criação de mais espaços verdes públicos, acabar com “todas as taxas inferiores a 10€” e potenciar as oportunidades de investimento.

Joaquim Jorge (Matosinhos Independente)

Foto: Mundo Português

Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores, é líder do movimento Matosinhos Independente, e garante uma solução alternativa e viável à política partidária tradicional. O candidato pretende desenvolver o concelho, melhorar as acessibilidades e a mobilidade, promover o desporto, implementar políticas ambientais, entre outros.

Joaquim Massena, coordenador do programa, defende que é preciso uma nova visão estratégica para a cidade.

Israel Pontes (CHEGA)

Foto: Associação Cultural Recreativa Rádio Cidade Matosinhos

Israel Pontes é candidato do CHEGA, e revelou, em entrevista ao Primeira Mão, os três principais objetivos da sua candidatura: apoio às empresas, mobilidade e turismo. “Matosinhos nunca se desenvolveu à escola do Porto e interessa perceber porquê, se estamos numa zona privilegiada, temos um porto de pesca, um porto marítimo, um aeroporto…o porquê de não nos desenvolvermos como aconteceu com o Porto? E a resposta é simples, porque tivemos desde sempre um governo socialista, que promove a dependência social e muito pouco o liberalismo empresarial”, afirmou o empresário.

No domínio do turismo, o candidato defende a “requalificação da Rua Brito Capelo” e o desenvolvimento de programas com agências de viagem, com o objetivo de promover visitas e restaurantes.

Israel Pontes pretende melhorar a acessibilidade à Rotunda dos Produtos Estrela e a relação entre a Câmara e os empresários.

Artigo da autoria de Ricardo Terrinha. Revisto por Inês Pinto Pereira.