DEBATER E REFLETIR O JORNALISMO POLÍTICO

A forma como a política pode ser parte integrante de peças noticiosas, foi o mote para o início de uma conferência, que estaria longe de provocar apatia ou indiferença, junto de uma audiência de alunos de mestrado de Ciências da Comunicação. Seja através da investigação jornalística ou das pequenas reportagens, ficou claro que a política é um dos grandes temas que o jornalismo procura debruçar-se.

A professora universitária e jornalista Sandra Sá Couto procurou através da sua própria experiência demonstrar o trabalho envolvido numa investigação jornalística, em que as instituições políticas, os políticos e as suas ações, são as principais fontes de informação e os grandes protagonistas das peças.

Enquanto jornalista de televisão, a preocupação com a imagem é uma constante, visto que em termos visuais, “a política é pouco apelativa”. A obtenção de imagens para televisão e as próprias entrevistas, poderão ser algumas das dificuldades no jornalismo político.

A professora Sandra Sá Couto salientou ainda alguns dos aspetos mais importantes da profissão de jornalista, quando questionada sobre as eventuais pressões na área, nomeadamente a confiança no trabalho e a verificação dos factos. O jornalismo de investigação na área da política tem, portanto, de submeter-se a “investigações fundamentadas”.

A polémica da não cobertura das últimas eleições autárquicas e das futuras eleições europeias, por parte dos canais de televisão generalistas foram referidos e comentados pela audiência, assim como, o comentário político do último domingo do ex-primeiro-ministro José Sócrates.

Na reta final da conferência, a oradora concluiu junto dos alunos que “o jornalismo político pratica-se com liberdade”.

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