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Sociedade

Mulheres em minoria nos cargos de chefia em Portugal

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Igualdade. Markus Winkler / Unsplash

A 17 de outubro, o Conselho da União Europeia aprovou uma diretiva que tenta diminuir a desigualdade de género no acesso a cargos administrativos não executivos. Até 2026, os Estados-membros devem ter 40% dos cargos ocupados por pessoas do género sub-representado, ou seja, por mulheres.

Se os países da EU abrangerem esta medida a cargos de administração executiva, a percentagem desce para 33%. Se aprovada pelos eurodeputados, os países membros devem executá-la num período de dois anos.

No que toca à igualdade de género, o cenário português não é favorável. O estudo “Diversidade de Género nas empresas em Portugal”, publicado no início deste ano pela Informa D&B, mostra que as mulheres ocupam 41,5% dos 2.8 milhões de empregos comerciais em Portugal. A percentagem é menor do que em 2019. Nos cargos de liderança, apenas 26,8%. Estes valores continuam a descer: nas presidências de Conselhos de Administração das sociedades anónimas, falamos de 16,4% e, nos cargos de Direção Geral, 13,1%.  Apesar disso, é elevado número de mulheres licenciadas em Portugal, que atinge os 60%, face aos homens.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas para 2030 Créditos: Nações Unidas – Centro Regional de Informação para a Europa Ocidental

Também na  Assembleia da República se verifica o fenómeno. O  parlamento português conta apenas com 84 mulheres deputadas, ou seja, 37,2% de um total de 230 deputados. Contam-se com menos 5 mulheres do que em 2019. Assim, Portugal continua em incumprimento do quinto ponto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas ser “Igualdade de Género”.

 

Texto por: Sofia Guimarães
Revisão por: Carina Seabra