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Crónica

SABER RESISTIR À ADVERSIDADE

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Carlos Martins

Carlos Martins

A jogar com menos um jogador desde o minuto 11, o FC Porto resistiu à adversidade e venceu o Arouca no Dragão. Foi uma vitória sofrida, mas inteiramente justa. Aboubakar marcou o golo que deu os três pontos, numa partida em que a estrela mais cintilante foi o capitão Ricardo Quaresma.

Apesar de ter jogado em inferioridade numérica durante mais de 80 minutos, os azuis e brancos foram superiores ao adversário. Ainda assim, tiveram que suar a camisola e deixar tudo em campo, pois, a meio da segunda parte, começou a sentir-se o cansaço da equipa que tinha menos um elemento.

O jogo começou com os azuis e brancos ao ataque, jogando com intensidade e pressão sobre a defesa adversária. Destaque para o endiabrado Ricardo Quaresma (o melhor em campo), sem medo de “assumir” o jogo e sempre muito activo na partida: quer a cruzar, quer a rematar.

Aos 11 minutos, o lance que “marcou” a partida: o guarda-redes Fabiano fez falta sobre André Claro e o árbitro entendeu mostrar-lhe o cartão vermelho direto. O FC Porto ficou assim a jogar com dez jogadores. O treinador espanhol Julen Lopetegui colocou Helton em campo (o guarda-redes regressou ao Campeonato um ano depois da lesão) e tirou do jogo o defesa direito Ricardo Pereira, deixando a equipa com apenas três defesas: Marcano, Martins Indi e Alex Sandro.

Os dragões tiveram que correr riscos e fazer pela vida, de forma a não perderem pontos neste jogo. A equipa manteve uma boa atitude e foi premiada aos 32 minutos, com o golo de Aboubakar. O lance começou em Herrera, que desmarcou Quaresma, com o extremo a cruzar para o segundo poste, onde apareceu o avançado camaronês a cabecear para o fundo da baliza.

Destaque também para um penalty não assinalado a favor do FC Porto, aos 26 minutos, numa altura em que resultado estava ainda empatado a zero. O árbitro não marcou uma falta clara na grande área do Arouca, depois de o central Diego ter pontapeado Quaresma na cara.

Na segunda parte, o Arouca ainda ameaçou empatar, aproveitando o facto de estar a jogar com mais um jogador e de o adversário dar sinais de desgaste. Aos 58’, grande defesa de Helton após remate de André Claro, que estava em posição irregular.

Quanto ao FC Porto, teve em Quaresma a unidade mais em evidência. O extremo procurou sempre remar contra a maré e, aos 55 minutos, teve um lance de grande classe: fintou o lateral Balliu e rematou forte para uma grande defesa de Goicoechea. O “Harry Potter” viu o seu esforço recompensado ao ser aplaudido de pé pelos adeptos, quando, aos 76 minutos, foi substituído por Cristian Tello.

A vitória dos dragões por 1-0 sobre o Arouca não sofreu contestação. Numa altura em que estão decorridas 25 jornadas da Primeira Liga, o FC Porto mantém-se a quatro pontos do líder Benfica. Nada está, portanto, decidido. Haja emoção até ao fim!

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2 Comments

2 Comments

  1. David Guimarães

    21 Mar 2015 at 13:44

    Amigo Carlos,
    Com justiça destacas a exibição de Quaresma, jogador que deveria ser preferencialmente titular, pelo menos nestes jogos de liga. Outra coisa que tens razão é no penalty não assinalado sobre Quaresma. Acho um atentado à inteligência a tese do livre indirecto. Então vejamos, se alguém é rasteirado na área é penalty, mas se for pontapeado com violência na cara com ocorrência de hemorragia é jogo perigoso (daí o livre indirecto). Querem fazer das pessoas estúpidas, mas nem todos o somos… Se te quiseres pronunciar sobre isto…
    Forte abraço!

    • Carlos Martins

      22 Mar 2015 at 20:23

      Obrigado pelo comentário, amigo David. Sim, o Quaresma tem estado bem sempre que é chamado a dar o seu contributo à equipa. Só não percebo porque não tem tido mais minutos. Ainda ontem na Madeira se viu a influência que teve quando entrou em campo. Pena que só tenha entrado na parte final do jogo, porque fez mais em 15 minutos do que outros durante o jogo todo…

      Quanto ao penalty não assinalado na jornada anterior, contra o Arouca, não há muito mais a acrescentar. Acho que o teu comentário foi bem elucidativo sobre o lance. Um pontapé na cara tem que ser penalty, mas há gente que prefere dizer que aquilo foi apenas “jogo perigoso”…

      Um abraço!

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