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Crónica

TUDO NA MESMA

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Carlos Martins

Carlos Martins

O FC Porto conseguiu uma importante vitória num terreno sempre complicado. Nem todas as equipas passam com sucesso em Vila do Conde – o líder Benfica, por exemplo, perdeu ali esta época. Os azuis estavam por isso avisados para o perigo, mas passaram no teste com distinção.

Os jogos do Campeonato que antecedem as partidas da Liga dos Campeões são, por norma, difíceis. Isto porque os jogadores não estão tão concentrados quanto deviam. O treinador do FC Porto, Julen Lopetegui, tinha alertado para isso mesmo antes do jogo com o Rio Ave. O espanhol garantiu que os seus jogadores tinham que estar focados apenas no jogo de Vila do Conde e não com a cabeça no Bayern e nos milhões da Champions.

Ora, os jogadores azuis e brancos souberam interpretar à risca os conselhos do seu treinador. Daí que, no Estádio dos Arcos, se tenha visto, desde o primeiro minuto de jogo, um FC Porto pressionante, autoritário e com vontade de resolver cedo o jogo a seu favor.

Não causou espanto que, ao intervalo, os dragões já estivessem a vencer por dois golos de diferença. Dois golos em 45 minutos não foi nada mau, mas podiam ter sido mais, se contarmos com o golo mal anulado a Brahimi aos 8 minutos (fora de jogo inexistente) e ainda o remate de Quaresma à barra, aos 24 minutos, para além de outras oportunidades flagrantes.

Quaresma foi, uma vez mais, o melhor em campo neste jogo contra o Rio Ave. Já o tinha sido na jornada anterior, contra o Estoril, em que fez dois golos e duas assistências. Dá que pensar como é que um jogador destes não foi convocado para o último Campeonato do Mundo…

O extremo português está a atravessar um bom momento e vai dando ânimo e esperança à massa associativa azul e branca, numa altura crucial da época. O FC Porto bem precisa da criatividade de Quaresma para ajudar a ultrapassar os jogos decisivos que se seguem, já que Jackson e Tello continuam lesionados.

Quaresma é, realmente, um jogador fora de série. Um verdadeiro génio! Mas é daqueles jogadores que precisam de ter um treinador que compreenda o seu feitio e a sua personalidade. E de uma massa associativa que o saiba acarinhar.

Em Vila do Conde, os dragões entraram muito bem no jogo, com grande dinâmica ofensiva e a pressionar alto. O FC Porto ia ganhando todas as bolas a meio campo e conseguiu encostar o Rio Ave na sua defesa, sem que este conseguisse sair para o contra ataque.

As oportunidades de golo sucederam-se, com remates de Brahimi (golo mal anulado), Aboubakar e Quaresma. Até que, aos 24 minutos, Quaresma rematou em arco à barra da baliza vila-condense e, na recarga, Danilo sofreu falta clara dentro da área. Assim surgiu o primeiro golo, de penalty, por Quaresma.

Os azuis e brancos tinham o domínio completo do jogo, com uns esclarecedores 70% de posse de bola. Quanto ao Rio Ave, o melhor que conseguiu fazer durante a primeira parte foi um remate forte de Ukra, aos 30’, com a bola a passar ligeiramente por cima da barra de Fabiano.

Até que, no último minuto de descontos da primeira parte, o FC Porto fez o segundo golo: o capitão Danilo rematou em jeito e sem hipóteses para o guarda-redes Ederson. Com o resultado de 0-2 ao intervalo, os azuis e brancos tinham o jogo na mão.

Ora, a segunda parte começou da mesma forma como tinha decorrido a primeira: o FC Porto a atacar e à procura do golo. Aos 48′, grande oportunidade para Alex Sandro marcar, mas o defesa Nélson Monte negou o terceiro golo aos dragões.

Dois minutos depois, o avançado vila-condense Jebor teve um cabeceamento muito perigoso na sequência de um canto. Foi a melhor oportunidade de golo para o Rio Ave.

Aos 63′, o treinador do FC Porto fez sair Quaresma e colocou Hernâni em campo. A ideia era pôr mais velocidade no jogo e fazer descansar Quaresma para a Liga dos Campeões.

Os dragões pareciam ter o jogo controlado, mas seria o Rio Ave a chegar ao golo, aos 71’, contra a corrente do jogo. O médio Tarantini fez o 1-2, depois de receber um passe de Zeegelaar. Este golo inesperado colocou alguma incerteza no resultado final.

Ainda assim, o FC Porto manteve a postura e a estratégia em campo: com posse de bola, a equipa tinha certamente o controle do jogo. Assim foi: Rúben Neves entrou para o lugar de Brahimi, para ajudar a segurar o meio-campo.

Até que, aos 83′, o FC Porto “matou” o jogo: Hernâni fez o terceiro golo, após assistência de Aboubakar, num lance em que a equipa conseguiu recuperar a bola ao adversário. O resultado (1-3) estava feito, com uma vitória justa do FC Porto em Vila do Conde.

No que diz respeito às contas do Campeonato, continua tudo na mesma. Benfica e FC Porto mantêm-se na luta pelo título, com os encarnados a terem uma vantagem de três pontos sobre o rival. Faltam duas jornadas para o duelo entre ambos. Estão aí as grandes decisões da época…

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3 Comments

3 Comments

  1. David Guimarães

    20 Abr 2015 at 3:50

    Carlos gosto da tua insistência constante em relembrar que Paulo Bento não convocou Quaresma para o Mundial. Foi de facto uma estupidez inominável…. Semana decisiva para o Porto sendo o jogo da Champions mais relevante do que o da Luz… de qualquer forma são ambos para enfrentar com confiança em altos feitos.

    Forte Abraço meu amigo!

    • Carlos Martins

      20 Abr 2015 at 19:17

      Obrigado, amigo David. Sabes, alguns “comentadores” desportivos que agora elogiam as exibições do Quaresma são os mesmos que, no ano passado, eram contra a ida dele ao Mundial… Dá vontade de rir, não dá?
      Quanto ao resto, penso que a nossa equipa está à altura de ultrapassar os dois desafios que tem pela frente esta semana…

      Um abraço

  2. David Guimarães

    20 Abr 2015 at 22:25

    Isso é habitual, dizem as maiores barbaridades sem reconhecer que erraram! Aqui para nós, quem diz mal do Quaresma não percebe (muito) de futebol….

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