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Educação

PISA 2015: PORTUGAL COM MELHORES RESULTADOS

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A OCDE lançou os resultados da sexta edição do PISA. O objetivo é avaliar a literacia da leitura, matemática e ciências dos jovens portugueses com 15 anos. O estudo, divulgado a 6 de dezembro do ano passado, também deu a conhecer a relação entre o estatuto socioeconómico e os resultados escolares e a relação dos jovens com a Internet.

Foram analisados 70 países e economias. Singapura ficou com o primeiro lugar nas três áreas. Portugal ficou em 22º lugar na literacia científica, em 21º na literacia em leitura e em 29º na literacia em matemática. Com estes resultados, os jovens portugueses conseguiram ultrapassar a média da OCDE nas três áreas em estudo.

Pobreza não é sinónimo de maus resultados

38,1% dos estudantes oriundos de contextos socioeconómicos desfavorecidos conseguem bons resultados. Portugal está assim no 13º lugar dos países com mais alunos resilientes. Por resiliência entende-se aquele que, apesar de ser oriundo de contextos desfavorecidos, consegue desempenhos que o colocam entre os que obtêm melhores resultados nos testes PISA, diz a OCDE.

A resiliência é trabalhada também pelas escolas. Em declarações ao jornal Público, Isabel Flores, investigadora do projeto aQeduto, fala numa “grande percentagem de escolas de meios desfavorecidos que se destacou por ter conseguido melhorar de forma considerável o desempenho dos seus alunos”.

O interesse dos pais influencia positivamente o percurso escolar dos filhos. Em Portugal, 97,6% dos estudantes dizem que os pais estão interessados em saber como estão as suas atividades escolares. Este número é superior em 4,1 pontos percentuais ao número da OCDE.

Internet: ferramenta de estudo ou dependência?

O PISA 2015 contemplou também a relação dos jovens com a Internet. A média da OCDE dos jovens que se sentem mal sem Internet é de 54%, enquanto em Portugal essa percentagem sobe para 77%. Os inquiridos reconhecem a utilidade desta ferramenta para obter informação. Esta é mais uma das conclusões do PISA 2015.

O relatório alerta, no entanto, para os riscos que a Internet traz ao bem-estar juvenil: constatou-se que os jovens com piores desempenhos académicos e menos satisfeitos com a vida são os que passam mais tempo online.

A última edição do PISA procurou perceber a situação dos imigrantes, isto é, se o sistema educacional do país que os acolheu lhes oferece as mesmas oportunidades que aos estudantes nativos. Concluiu-se que, desde 2000 – ano da primeira edição do PISA -, a diferença entre o desempenho bruto dos dois grupos de estudantes tem vindo a diminuir. Excluindo os fatores sociais, esta diferença continua a desaparecer.

Estas e outras informações relativas a Portugal podem ser consultadas no site do estudo internacional.