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Crónica

O CIRCO SEM FIM

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Carolina Campos

Carolina Campos

Nos últimos dias, os portugueses têm sido brindados com um espetáculo digno de fazer parte de um circo. Mais uma vez, os nossos políticos fazem questão de não nos deixar sem uma boa gargalhada, gargalhada essa proveniente de números improvisados que, certamente, se tivessem escolha, nunca teriam saído para o ar.

Desta vez, a palhaçada chega através da campanha eleitoral do partido socialista. É, de certa forma, agradável saber que os palhaços mudam de dia para dia, pois, desta forma, o circo nunca acaba e os portugueses não ouvem as mesmas piadas todos os dias. Tudo começa e acaba nos cartazes de apoio à candidatura de António Costa às eleições que se avizinham. Aparentemente, algo que vemos todos os dias quando saímos de casa e aos quais nem prestamos atenção. Mas estes são bem diferentes. Atreveria-me até a compará-los às televendas. Se repararmos em todos esses anúncios, existem sempre testemunhos de pessoas que compraram os produtos anunciados. Claro que todos aqueles indivíduos não decidiram só por si dar a cara para falar sobre um produto milagroso que mudou a sua vida. Antes de darem a cara, falou aquela velha linguagem que dá pelo nome de dinheiro. A grande diferença entre as afamadas televendas e os cartazes do PS é que as pessoas que viram as suas fotografias publicadas nestes cartazes sabiam que eram para a campanha do António Costa, mas não foram remuneradas. Ou seja, na minha humilde opinião, se houvesse dinheiro envolvido esta história, muito provavelmente, nem sequer tinha visto a luz do dia.

Mas deixando as intrigas para trás, em última análise, este escândalo dos cartazes não difere muito das televendas. Quem é que no seu perfeito juízo comete semelhante falácia e pensa que tudo vai passar despercebido e que o pobre do português vai, mais uma vez, cair na mesma esparrela e acreditar no conto do vigário? Vendo todos os pormenores desta historieta, não deixa de ser pertinente mencionar aquele mais ridículo e que causa mais alguns risos. Não só se enterraram ao contar histórias fictícias como também se enterraram ao criticar o próprio partido. Veja-se até que ponto o ridículo chega! Os senhores políticos gastam verdadeiras fortunas numa campanha para depois deixarem que uma coisas destas saia para as ruas e depois pedem aos santinhos todos que arranjem a trapalhada em que se meteram.

E é por estas e por outras que o circo não tem fim. São números atrás de números com palhaços novos todos os dias. Não duvido que ainda iremos assistir a muitos mais espetáculos.

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