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Crónica

GUERRA COM AMOR SE PAGA

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Não é de agora que o termo “terrorismo” tem assombrado as nossas vidas. As más interpretações da religião levam a que as mentes mais extremistas distorçam aquilo que o seu  profeta havia dito. No entanto, a extrema violência e crueldade com que estes homens agem não pode ser justificada por nenhuma religião, ideologia, crença ou o lá o que lhe quiserem chamar.

Paris voltou a sofrer um ataque terrorista a 13 de Novembro de 2015. Muito pouco tempo após o atentado de Charlie Hebdo. As feridas deste massacre ainda não haviam sido saradas e já outro ataque terrorista estava a decorrer.

As ameças dos terroristas além de constantes, têm sido colocadas em prática e o medo está a alastrar-se por todo o canto que conheço. Confesso que eu mesma estremeço quando ouço notícias sobre o Estado Islâmico.

No entanto, não nos podemos esquecer que do outro lado do planeta existem inocentes. Alguns deles conseguem fugir mas muitos ficam para trás.  E os que finalmente escapam, chegam à Europa e são esteriotipados de “terroristas” só porque são refugiados da guerra síria.

Isto está errado. Se foi gerada uma onda solidariedade por todo o mundo devido aos ataques em Paris, também se devia ser solidário com os migrantes que fogem das guerras e que só querem salvar as suas famílias. Eles arriscam tudo para sair do palco de guerra, arriscam as suas próprias vidas. E, se bem analisarmos, alguns dos autores do atentado de Paris eram franceses (um deles descendente de portugueses) e belgas.

A culpa não está só num lado. Não podemos chamar todos os sírios de terroristas porque também os há tanto na Europa como na América. Os bombardeamentos de França na Síria, em resposta ao atendado, não mataram apenas jihadistas. Mataram crianças, mulheres, homens que nada tinham a ver com o Estado Islâmico e que, muito provavelmente, não tinham a possibilidade de sair daquele lugar demoníaco.

Não tomemos as mesmas atitudes dos extremistas. Guerra só gera guerra. E não rezemos apenas por França, rezemos por todos os inocentes que estão a ser vítimas desta guerra que parece não ter fim.

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