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Autárquicas 2021

Autárquicas 2021: Santo Tirso

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Nas eleições autárquicas, que se realizaram a 1 de outubro de 2017, o candidato do Partido Socialista, Joaquim Couto, conquistou 53,8% dos votantes (22.454 votos). Em segundo lugar, surgiu a coligação PPD/PSD.CDS-PP com 35,6% da votação, o que representou 14.868 votos.

Retrato do município

Segundo a Pordata, Santo Tirso registou, em 2020, 67.828 residentes, sendo que 576 eram estrangeiros. A população ativa representava 66,0% do número total de habitantes, 2% acima do valor registado a nível nacional. Santo Tirso apresentava, em 2019, 6.392 empresas não financeiras e um ganho médio mensal de 1.008€, um valor inferior aos 1.206€, que representa a média nacional. Além disso, o poder de compra per capita, em 2017, era de 85,8%.

A corrida eleitoral conta com candidatos de todo o espetro político.

Candidatos à presidência de Santo Tirso

Ana Isabel Silva (BE)

Foto: Jornal do Ave

O Bloco de Esquerda apresentou, pela primeira vez, uma candidatura à Câmara de Santo Tirso. Em comunicado, o partido referiu “Santo Tirso pela primeira vez com o objetivo de renovar a política no concelho“.

A candidata, que possui uma Licenciatura em Bioquímica pela Faculdade de Ciências e um Mestrado em Neurobiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, promete um futuro diferente aos seus eleitores e um combate contra a precaridade agravada pela crise pandémica. Ana Isabel Silva divulgou, na apresentação da sua candidatura, os seus principais objetivos.

A candidata procura trabalhar na criação de um parque habitacional em Santo Tirso, visto que os tirsenses se deparam com algumas dificuldades quando procuram arrendar ou comprar uma casa. Ana Isabel Silva falou, ainda, sobre a localização estratégica do concelho e a necessidade de se rever a política habitacional, de forma a que seja possível garantir que os tirsenses, que trabalham fora do concelho, consigam regressar ao final do dia à sua cidade.

Quanto à questão ambiental, “este combate tem de ser feito também localmente e quem nos governa não tem tido coragem de implementar leis que punam quem polui e graças a isso estamos a perder esta batalha. Quem aqui vive sabe bem dos crimes ambientais da nossa cidade”, afirmou na apresentação da sua candidatura.

Outra preocupação apontada pela bloquista está relacionada com o facto de os transportes, em Santo Tirso, estarem, maioritariamente, circunscritos apenas ao centro, sendo necessário que a mobilidade se estenda às diferentes freguesias.

Por último, Ana Isabel Silva defende uma política mais abrangente e inclusiva para os praticantes de vários desportos. “Mais desporto ao alcance de todos e menos no desporto para alguns praticarem e muitos assistirem”, disse a candidata.

José Magalhães (CDU)

Foto: Diário de Santo Tirso

José Magalhães, licenciado em Psicologia Clínica da Saúde, é candidato pela Coligação Democrática Unitária, e fixa os seus pilares estratégicos na habitação, nos transportes, na reposição de freguesias, no saneamento e nas questões da água e do tratamento de resíduos. Além disso, o candidato pretende melhorar os serviços públicos e apostar no emprego qualificado.

Alberto Costa (PS)

Foto: Federação Distrital do Partido Socialista do Porto

Alberto Costa, que possui uma Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos pelo Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo, é candidato pelo Partido Socialista e assumiu a presidência da Câmara Municipal de Santo Tirso, em 2019, depois de o ex-presidente, Joaquim Couto, ter sido constituído arguido na Operação Teia.

O atual candidato socialista, que foca a sua política nas pessoas, considera que “os munícipes, as instituições, as associações, as escolas, as empresas ou os presidentes de Junta, entre outros, são testemunhas de que faço do diálogo permanente uma forma de ser e de estar na política, porque acredito convictamente que a política só faz sentido se dirigida ao capital maior de um País ou de uma comunidade: as pessoas”. O candidato promete focar-se em “cinco principais eixos estratégicos”: o domínio social, a mudança climática, a transição digital, o investimento e emprego, bem como a requalificação do espaço público.

Carlos Alves (PSD/CDS)

Foto: Diário de Santo Tirso

Carlos Alves, que tem uma Licenciatura em ensino básico, é candidato pela coligação PSD/CDS-PP, e considera ser uma “alternativa credível ao Partido Socialista”, que está no Executivo há cerca de 40 anos. Enquanto candidato à presidência da Câmara Municipal, “tem um projeto de um concelho para o futuro apostando em pessoas comuns, que sabem o que custa andar nas estradas com buracos, que sabem o que custa ter de trabalhar o saneamento, pelo menos aqueles que têm saneamento e para pagar a água, pelo menos aqueles que têm água. Infelizmente em pleno século XXI, quando pensamos que os carros são eléctricos e que estacionam sozinhos, há pessoas que em Santo Tirso não têm saneamento básico”.

Joana Guimarães (CHEGA)

Foto: Jornal O Cordovense

Joana Guimarães, candidata pelo CHEGA, considera-se uma “mulher de raízes, princípios e valores e completamente disponível para abraçar este projeto de mudança em Santo Tirso”. O seu plano estratégico converge num principal objetivo: mudar o sistema.

A candidata observa que os “vícios instaurados” pelos socialistas, ao final de vários anos de governação, têm de cessar. Se for eleita, Joana Guimarães, que tem formação em Ciências Económicas e Empresariais, pretende “dar voz” à população e responder às principais necessidades do concelho.

Henrique Pinheiro Machado (P’rá Frente Santo Tirso)

Foto: Jornal do Ave

Henrique Pinheiro Machado, médico pediatra, candidato independente pelo movimento P’rá Frente Santo Tirso, candidata-se pela 3ª vez à presidência da Câmara Municipal. Em declarações ao Diário de Santo Tirso, disse que as  “expectativas são elevadas, pelo que esperamos um bom resultado, para podermos levar para a frente o nosso concelho, onde atualmente existe mais propaganda do que obras e iniciativas de fundo, que deveriam ser estruturantes de um futuro melhor para todos os residentes, e que motivassem os jovens a fixar-se na sua terra natal, em vez de procurarem habitação e emprego nos concelhos vizinhos, levando a uma perda de população na ordem dos 5,2 % – uma das maiores do nosso distrito – conforme o resultado preliminar do Censos 2021 demonstraram, em comparação com os habitantes que tínhamos em 2011”.

Artigo da autoria de Ricardo Terrinha. Revisto por Inês Pinto Pereira.