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Sociedade

PORTO: “MUDAR O SISTEMA E NÃO O CLIMA”

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À hora certa, estavam nos Aliados os organizadores da Marcha. Depois, foram chegando cada vez mais pessoas e várias organizações que defendem o propósito. Paula Sequeiros, representante do Coletivo Clima, começou por dar as boas vindas a toda a gente e referiu que o objetivo da marcha no Porto era parar com o furo de petróleo no mar de Aljezur. Outras organizações que, estavam também na organização, disseram algumas palavrinhas para todos os que ali estavam presentes.

João Branco, presidente da Quercus Porto, afirmou que não podiam deixar de estar presentes na marcha. Defende que “o petróleo e os combustíveis fósseis ainda marcam a economia”. Um dos manifestantes acrescenta que “os combustíveis fósseis são uma solução do passado”.

Cada representante das várias organizações organizações presentes também alertaram para o problema do aquecimento global e, mais ainda, para as soluções que já existem. Pedro Soares, do Bloco de Esquerda, refere ainda que “o que nós precisamos é de uma sociedade que combata as alterações climáticas”. Mariana Silva, da organização Os Verdes, deixa a mensagem de que “é preciso agir para travar as alterações climáticas”.

A esta manifestação juntaram-se residentes de Ponte de Lima para demonstrarem o seu descontentamento com a construção de betuminosas na sua vila. Para além disso, também se juntaram à Marcha, pessoas que simplesmente quiseram demonstrar que o ambiente tem de ser protegido, como Ana e Maria. Estas duas jovens queriam “mostrar qual é a opinião pública e fazer pressão para o governo”. Referem, também, que é importante que as pessoas saibam dos perigos e lutem por aquilo que acham que é o melhor.

Desde o início, os manifestantes fizeram-se acompanhar de bandeiras do Bloco de Esquerda e do PAN, cartazes e  megafones. O slogan da marcha era “Não ao furo, Sim ao futuro”, constantemente ouvido durante a Marcha. Ouviam-se, também, outras frases como “Salvar o clima, parar o petróleo”, “Mudar o Sistema e não o Clima”. Cada vez se juntavam mais pessoas e as organizações entregavam flyers às pessoas que assistiam ou, então, deixavam nos carros.

Chegados à Ribeira, onde terminou a marcha, Paula Sequeiros fez um breve discurso sobre a marcha e rematou com “fizemos ouvir a nossa voz. É pelo clima, pelo clima”. O Bloco de Esquerda preparou uma sessão de cinema com entrada gratuita com filmes sobre o ambiente, relacionado com o propósito desta iniciativa.

Em conversa com Paula Sequeiros, esta revela-nos que, quando falam com as pessoas sobre este problema, elas sabem do que se trata e não é preciso explicar. O que ela tem de explicar é que existem soluções. Confidenciou, também, que muita gente desconhece este facto, mas Portugal esteve 4 dias consecutivos só a utilizar energias renováveis. Para Paula Sequeiros as contas são fáceis de fazer: “se estivemos assim 4 dias, estamos aqui hoje para dizer que queremos estar assim mais 361”.