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Guia (académico) de Sobrevivência

Carta de Motivação

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Quer seja para um pedido de ajuda financeira ou para a entrada num novo ciclo de estudos, milhares de estudantes enfrentam diversas dificuldades no que toca à escrita de uma carta de motivação. Dito isto, serão mencionados neste artigo alguns dos aspetos que devem ser tidos em conta durante este processo.

O que é uma carta de motivação?

Uma carta de motivação pode ser definida como um meio que a pessoa que está a analisar a candidatura tem para conhecer melhor o/a candidato/a, assim como para entender as intenções e objetivos profissionais/académicos da pessoa em questão. Para além disso, uma carta de motivação também pode ser considerada um dos elementos que permite o alcance de uma posição favorável na candidatura, uma vez que se trata de um instrumento que, quando bem utilizado, visa o destaque de uma pessoa entre todas as outras.

O que deve incluir ?

Uma vantagem que uma carta de motivação tem em relação ao currículo, é a possibilidade de adotar uma perspetiva mais pessoal. Face ao conteúdo que, normalmente, é mencionado num curriculum vitae, a carta de motivação deverá mencionar todos os aspetos importantes que se relacionem com o motivo da candidatura, assim como a transmissão do desempenho e esforço feito pela pessoa para alcançar os seus objetivos. De forma resumida, uma carta de motivação deverá explicar o porquê de a pessoa considerar que deve ser escolhida.

É importante notar que, uma carta de motivação não deve ser um resumo em extenso do currículo, mas sim uma versão estendida do mesmo, onde uma pessoa poderá acrescentar informação no que toca à experiência profissional e académica que tem.

Para além dos aspetos que destacam uma candidatura das restantes, existem certos pontos que devem ser sempre mencionados, sendo estes:

  1. Contactos, tal como, o número de telemóvel e o e-mail;
  2. Breve apresentação pessoal;
  3. Demonstração de disponibilidade para possível entrevista;
  4. Data, local e menção do destinatário da carta;
  5. Pequeno resumo de certas competências transversais, como idiomas falados, domínio de certos softwares, etc.

Como transmitir uma boa impressão através de uma carta de motivação?

A distinção entre bajulação e confiança pode ser incompreendida por várias pessoas. No entanto, é importante deixar bem claro que o que mais importa numa carta de motivação é a autenticidade da mesma. Por exemplo, se uma empresa pede uma carta de motivação no processo de candidatura, o/a candidato/a deve pesquisar os requerimentos da vaga e expor o porquê de ser adequado/a para o trabalho, em vez de escrever um parágrafo em que o foco central são elogios dirigidos à empresa.

Dado o que foi exposto anteriormente, uma boa impressão pode ser deixada através de um discurso confiante, humilde e, acima de tudo, autêntico. Uma carta de motivação deverá então possuir certos pontos fracos e fortes que possam ser do interesse da identidade para onde está a enviar uma candidatura, assim como certas experiências e objetivos que possam fazer a carta destacar-se.

Por fim, é imperativa a boa apresentação da carta. Esta deverá ser escrita de acordo com os parâmetros mencionados na candidatura e, caso estes não existam, deve ser escrita em formato digital e com um tipo de letra e tamanho legível.

Não sei o que escrever na carta de motivação, onde posso procurar exemplos?

Felizmente, para benefício de todos os estudantes universitários, a Universidade de Harvard disponibiliza um documento em formato PDF, que se intitula “Resumes and Cover Letters — Na Extension School Resource”. Neste, não só se podem encontrar alguns exemplos de cartas de motivação, como também existem certas dicas e recursos úteis, tais como uma lista de verbos que podem ser usados tanto na carta, como também no currículo.

Por fim, o essencial passa por fazer uma auto reflexão do que se retirou das experiências académicas e profissionais, até ao momento da escrita da carta. E mostrar como é que a oportunidade à qual se está a candidatar se relaciona com objetivos e planos futuros.

Texto por Joana Silva. Revisto por Maria Teresa Martins.