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Crítica

[CRÍTICA] JP SIMÕES – 1970

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Vai minha geração, nasceste cansada, mimada, doente por tudo e por nada, com medo de ser inventada, o que é que te falta agora que não te falta nada?” Esta é uma das frases finais da faixa homónima do álbum, em que JP Simões retrata a inércia da sua geração que, no meio da revolução, não soube evoluir.

Ao longo de “1970”, emergem nomes vitais da música portuguesa e brasileira da década de 70, como Tom Jobim, Zeca Afonso e, de uma forma mais evidente, Chico Buarque. Além da homónima, destacam-se a agitada “Fábula Bêbeda” (repleta de resquícios da “Construção” de Buarque), a intimista “Inquietação”, composta por um dos maiores músicos de intervenção, José Mário Branco, e a agridoce “Se Por Acaso (Me Vires Por Aí)”, que combina o timbre incomparável de JP com os serenos vocais da brasileira Luanda Cozetti.

Um álbum que respira a musicalidade do samba e exala a lírica melancólica e saudosa portuguesa. Aqui, a liberdade é prolífera na irreverência, na lírica e na referência a nomes que através de contributos artísticos lutaram por ela.

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