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Desporto

Hóquei: Sporting CP derrota FC Porto e está a uma vitória de se sagrar Campeão Nacional

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Com o play-off empatado, depois da derrota no último jogo frente ao Sporting Clube de Portugal (Sporting CP), no Pavilhão João Rocha, o Futebol Clube do Porto (FC Porto) voltou, este domingo, ao Dragão Arena, para defrontar os “leões”, em jogo alusivo ao terceiro encontro da final da competição.

Com a consciência que uma derrota podia complicar as contas do título, os “azuis e brancos” queriam aproveitar o fator casa para ficarem em vantagem no play-off. Por outro lado, em caso de vitória, o Sporting CP ficava mais perto de sagrar-se Campeão Nacional. 

“Dragão” com mais oportunidades, “leão” mais eficaz

As duas equipas entraram em campo à procura do golo e os primeiros momentos da partida foram marcados pelo equilíbrio constante. Apesar disso, foram os “azuis e brancos” a primeira equipa a causar perigo. Primeiro, através de dois remates perigosos de Reinaldo Garcia e, em seguida, um remate de Xavi Barroso depois de uma excelente assistência de Gonçalo Alves.

Ao minuto seis, o capitão dos “dragões”, Reinaldo Garcia foi penalizado com um cartão azul, após o árbitro considerar falta sobre Toni Pérez.  Na cobrança do livre direto, Gonzalo Romero, melhor marcador do segundo jogo do play-off, bateu Xavi Malián e abriu o marcador. Depois do golo, o Sporting CP adotou uma postura mais conservadora, começou a dar mais iniciativa ao FC Porto e manteve uma defesa sólida. 

Ao minuto 15, os “dragões” viram o golo negado pelo poste da baliza sportinguista, após recarga de Reinaldo Garcia ao remate de Carlo Di Benedetto. A oito minutos do intervalo, o FC Porto beneficiou de uma grande penalidade e chamado a bater, Gonçalo Alves colocou a bola no ângulo inferior da baliza e repôs a igualdade na partida.

A resposta dos visitantes foi imediata e no ataque seguinte, depois de um remate de meia distância de Ferran Font e um desvio decisivo de João Souto, os “leões” fizeram o 1-2 a seu favor. 

Até ao intervalo o jogo manteve-se muito igualado e equilibrado, mas os “dragões” podiam ter chegado, de novo, à igualdade. A primeira oportunidade surgiu do stick de Gonçalo Alves e a segunda depois de uma jogada entre Di Benedetto e Rafa, mas Ângelo Girão negou as investidas portistas. 1-2 era o resultado ao intervalo. 

Segundo tempo de grande agitação

O início do segundo tempo não podia ter sido melhor para o lado “azul e branco”, que chegou ao empate logo no primeiro minuto. Gonçalo Alves, goleador portista, rematou de meia distância, furou as redes da baliza de Ângelo Girão com um grande golo do “meio da rua” e colocou o marcador em 2-2. 

Os “dragões” entraram mais fortes na segunda parte e, ao minuto quatro, uma jogada individual de Gonçalo Alves terminou com mais uma bola no ferro da baliza do guardião sportinguista. A primeira oportunidade de perigo dos “verdes e brancos” saiu do stick de Pedro Gil, mas foi a vez da equipa “azul e branca” ser feliz, após o poste da baliza de Malián ter impedido a bola de entrar. 

Apesar de um FC Porto mais forte, foram os “leões” a colocarem-se em vantagem na partida, mais uma vez. Alessandro Verona rematou de meia distância para dentro da baliza portista e, apesar do lance ter sido bastante contestado pela equipa “azul e branca”, o golo foi validado e o Sporting CP colocou-se em vantagem por 2-3. 

Os “leões” nem tiveram tempo para festejar, uma vez que a resposta dos “dragões” foi instantânea. Através de um desvio de Rafa ao remate de Xavi Barroso, os jogadores da casa marcaram e voltaram a estabelecer a igualdade no marcador, agora a três bolas. O jogo era de emoções fortes e ao minuto 13, Alessandro Verona furou as redes de Xavi Malián. Após distração à marcação de Verona, o jogador “verde e branco” ficou sozinho do lado direito do rinque, marcou e deu a vantagem aos “leões”. 

Até ao momento, nenhuma equipa tinha estado em vantagem por mais de um golo, mas o minuto quinze mudou a história do encontro. Um contra-ataque sportinguista terminou com o remate de Ferran Font que, após sofrer um desvio, traiu Xavi Malián e dilatou a vantagem para 3-5 a favor do Sporting CP. 

Nos instantes que se seguiram, após remate de Font, isolado perante Malián, o Sporting festejou o golo, mas a equipa de arbitragem considerou que a bola não entrou e após protestos, puniu o jogador espanhol com um cartão azul. Na cobrança do livre direto, Gonçalo Alves rematou por cima.

A beneficiar de estar a jogar em superioridade numérica, os “dragões” reduziram o resultado para 4-5 após novo desvio de Rafa, que bisou na partida, depois de um remate de Gonçalo Alves. A estratégia dos “leões” mudou e a preocupação começou a passar por defender e limitar as ações ofensivas “azuis e brancas”. Reinaldo Garcia podia ter empatado a partida, mas a terceira bola portista na trave negou a igualdade. 

Nos últimos minutos, Ângelo Girão salvou o Sporting CP por diversas vezes e, na tentativa de manter-se vivo na partida, o FC Porto colocou mais um jogador de campo em jogo. No entanto, uma perda de bola comprometedora da equipa portista permitiu que Gonzalo Romero aproveitasse a saída do guarda-redes para dilatar a vantagem sportinguista para 4-6. 

No último minuto o Sporting CP ainda beneficiou de um livre direto, mas Gonzalo Romero rematou ao lado e o resultado final selou-se em 4-6.

No final do encontro, Paulo Freitas, treinador dos “leões”, salientou que a equipa esteve “muito bem defensivamente”, mas realçou que “nada está decidido”. O técnico do Sporting CP afirmou que “o FC Porto é uma grande equipa e pode perfeitamente fazer-nos o mesmo no Pavilhão João Rocha”.

Guillem Cabestany, técnico dos “dragões”, admitiu que a falta de eficácia foi crucial para o resultado final. O treinador do FC Porto deu garantias de que “a final não acabou” e no jogo que se segue, a equipa vai estar pronta para “empatar a eliminatória” 

Com esta vitória, o Sporting CP coloca-se em vantagem na final dos play-offs e fica a uma vitória de se sagrar Campeão Nacional. O jogo seguinte entre as equipas está agendado para domingo, de novo, no Dragão Arena. 

Artigo da autoria de Carolina Cardoso