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Desporto

Basquetebol: FC Porto vence SL Benfica e reabre luta pelo título nacional

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Após ter somado duas derrotas nos dois encontros inaugurais da final do play-off, o Futebol Clube do Porto (FC Porto) derrotou o Sport Lisboa e Benfica (SL Benfica) em jogo de “tudo ou nada” para a formação portista. 

Supremacia portista em primeira parte equilibrada

Francisco Amarante, extremo/base do FC Porto, inaugurou o marcador com um lançamento de dois pontos. O equilíbrio foi a nota dominante do primeiro quarto, o que levou a que nenhuma das equipas alcançasse vantagens assinaláveis, desde cedo. Entre vantagens alternadas, estava difícil para “dragões” e “encarnados” distanciarem-se no marcador.

O aproveitamento geral de lances livres, de lançamentos de dois pontos e abertos não foi alto. Como já era expectável, houve uma intensa luta nas tabelas, da qual o FC Porto levou a melhor, em grande parte devido à ação do poste Miguel Queiroz. 

Uma contrariedade para os “azuis e brancos” surgiu, quando, a pouco mais de um minuto do final do primeiro período, Mike Morrison se lesionou e teve que abandonar o jogo. O norte-americano estava a ser dos jogadores em maior evidência e saiu quando os “dragões” perdiam por 16-17. A reação portista fez-se sentir e, ao cabo de dez minutos jogados, os “azuis e brancos” venciam por 22-18.

O início do segundo quarto foi favorável ao SL Benfica. Um triplo do tunisino Ben Romdhane e a imposição de um ritmo alto pareciam mudar o rumo dos acontecimentos. Porém, foi “sol de pouca dura”. O conjunto de Moncho López, treinador do FC Porto, continuou a demonstrar superioridade nas tabelas, com o mesmo protagonista em ação, Miguel Queiroz. 

Norberto Alves, treinador “encarnado” viu-se forçado a pedir um timeout para fazer ajustes na equipa, quando o resultado marcava 28-23, após um triplo de Francisco Amarante. O sucesso não foi o desejado, pois a equipa continuou a revelar desacerto nos lançamentos de três pontos e a permitir vários lances livres. 37-33 foi o resultado no final da primeira parte.

Segunda parte “a todo o gás” do FC Porto

Embalados pela necessidade de ganhar o jogo para se manterem na corrida ao título, os “dragões” partiram para a segunda parte “a todo o gás”. A elevada intensidade imposta desde o começo permitiu à equipa visitada superiorizar-se aos “encarnados”, que sofreram vários turnovers e concederam bastantes ataques aos portistas. 

Brad Tinsley foi o principal timoneiro da revolta “azul e branca”. O seu triplo com dois minutos e meio de jogo decorridos trouxe, pela primeira vez, uma vantagem acima de 10 pontos (44-33). De seguida, o poste Miguel Queiroz ampliou para 46-33, desnível que obrigou Norberto Alves, treinador do SL Benfica, a pedir um desconto de tempo. Este não sortiu efeito e o desequilíbrio manteve-se.

O final desta etapa ficou marcado por uma série de turnovers de ambas as equipas e algumas faltas atacantes dos benfiquistas. A capacidade defensiva dos portistas sobressaiu, ao concederem apenas cinco pontos aos visitantes. Nos últimos três minutos, pecou a eficácia geral de lançamentos e ninguém conseguiu mais alterar o 50-38 que marcou o placard no final do terceiro quarto, período em que se registaram menos pontos (18). 

A toada do último quarto de dez minutos foi semelhante. O conjunto portista voltou a superiorizar-se pela sua velocidade de jogo e concretização dos lançamentos ao cesto. A pouco mais de sete minutos para o fim, Brad Tinsley deu aos “dragões” a maior vantagem, até então, na partida (57-40). Permanecia a pobre eficácia de lançamentos do SL Benfica, enquanto o rival disparava no marcador.

Num período de jogo em que houve muitos lances livres de lado a lado, foi nesse capítulo que o extremo “azul e branco” Vladyslav Voytso ampliou as contas para 60-40.  O maior desnível pontual registado em toda a partida.

Makrem Ben Romdhane foi o mais inconformado do SL Benfica. O extremo/poste tunisino não esteve inspirado nos lances livres, mas esteve em evidência nos lançamentos de três pontos. O triplo de Voytso a pouco mais de dez segundos do soar da buzina recolocou o FC Porto com 18 pontos à maior. 65-47 foi o resultado final.

Do lado portista, Miguel Queiroz revelou-se a “figura de proa”. O poste contabilizou 16 pontos e dez ressaltos. Francisco Amarante e Brad Tinsley, ambos com 12 pontos, foram outros elementos merecedores de destaque. Pelos benfiquistas, salientam-se os 11 pontos de Ben Romdhane e os 10 de João Gomes.

No rescaldo da partida, Moncho López, treinador do FC Porto, elegeu a exibição defensiva da equipa no terceiro quarto como chave do triunfo, ao referir que “o momento do jogo foi o terceiro período, quando estivemos num nível altíssimo a nível defensivo”, mas lamentou os “quatro ou cinco ataques consecutivos a perder a bola”. O treinador espanhol destacou ainda a união e a “capacidade de a equipa chegar preparada para vencer e de reagir bem” à lesão de Mike Morrison.

Norberto Alves, treinador do SL Benfica, criticou a agressividade dos seus pupilos no ataque e na defesa. Assinalou também a pouca eficácia no ataque, sobretudo na segunda parte. “Fomos muito pouco eficazes no ataque, tivemos uma percentagem baixíssima de lançamentos, por isso marcámos tão poucos pontos. Marcámos muito poucos pontos na segunda parte.”.

Este triunfo caseiro permite ao FC Porto reduzir a desvantagem para o SL Benfica (1-2). A próxima partida entre as duas equipas está agendada para sábado, às 15h00, no Dragão Arena. Em caso de vitória portista, a eliminatória segue para um quinto encontro. Se os benfiquistas vencerem, sagram-se campeões nacionais.

Artigo da autoria de Daniel Henriques