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Desporto

Hóquei em patins: FC Porto vence UD Oliveirense em triunfo “arrancado a ferros”

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Após a vitória em Valongo, os campeões nacionais procuravam amealhar mais três pontos na sua caminhada rumo ao título. Já a UD Oliveirense, invicta até então, vinha também de uma vitória, na receção ao Parede FC, a primeira no campeonato.

UD Oliveirense organizada sai na frente para os balneários 

Já era expectável um jogo equilibrado, disputado entre duas das melhores equipas portuguesas. Os cinco minutos iniciais deixaram o mote para a tendência de equilíbrio que marcou a primeira parte. Após sucessivas perdas de bola, surgiram as primeiras ocasiões flagrantes para marcar, porém, Franco Platero, jogador da UD Oliveirense, e Rafa, do FC Porto, acertaram no poste.

Diogo Alves, guarda-redes dos visitantes, ia fazendo algumas boas defesas, sobretudo, a remates de longe dos portistas, já que estava complicado entrar em zonas frontais de finalização. De lado a lado, a ausência de uma melhor definição dos lances, quer no último passe quer na concretização, explicava o nulo no marcador.

O primeiro golo apareceu à entrada dos últimos dez minutos. Telmo Pinto foi o autor da cortesia. Segundos depois, os oliveirenses reagiram e igualaram por intermédio de Tomás Pereira. Quarenta segundos volvidos e novo golo. Lucas Martínez apontou o 1-2, para a UD Oliveirense, de livre direto, após exclusão de Diogo Barata.

Ao ver a vantagem escapar, o FC Porto teve de correr atrás do prejuízo. Gonçalo Alves desferiu um potente remate ao poste. Rafa esteve também muito próximo do empate, mas a bola sobrevoou a linha de golo.

Xavier Barroso, defesa dos dragões, e Xanoca Marques, da UD Oliveirense, ainda foram a tempo de acertar com estrondo na barra. O primeiro tempo não terminou sem novo susto para os visitados, com o guarda-redes Xavier Malián a proporcionar uma grande intervenção a cerca de 15 segundos do fim.

FC Porto opera reviravolta em final impróprio para cardíacos

O FC Porto entrou mais forte na etapa regulamentar da partida. Os comandados de Ricardo Ares adotaram uma postura mais pressionante em busca do golo. No entanto, os campeões nacionais poucas vezes conseguiam furar o bloco defensivo oliveirense, pelo que a aposta forte recaía nos remates de longe. A definição no último terço pecava de parte a parte, o que originou uma fase confusa do jogo, marcada por vários passes falhados.

Numa decisão polémica, o árbitro invalidou o 2-2, ao considerar uma falta e consequente exclusão do dianteiro portista Roc Pujadas. De contra-ataque, Lucas Martínez ampliou a vantagem da UD Oliveirense para dois golos (1-3). Na resposta, os “azuis e brancos” beneficiaram de uma décima falta do adversário para tentarem reduzir, mas Carlo di Benedetto permitiu a defesa a Diogo Alves.

Tomás Pereira, a cerca de uma dezena de minutos para o término do jogo, parecia complicar ainda mais as contas do FC Porto, ao anotar o 1-4. Contudo, a história estava longe de ser conhecida. Gonçalo Alves, estrela dos dragões, reduziu na recarga de um penálti para 2-4.

O avançado teve outra soberana oportunidade, após a exclusão de Lucas Martínez, mas Diogo Fernandes, guardião dos unionistas, levou a melhor. Uma boa triangulação coletiva entre o craque portista, Roc Pujadas e Carlo di Benedetto deu início ao festival do avançado francês. Estava feito o 3-4, com sete minutos para jogar.

A rigidez defensiva da UD Oliveirense continuava a dificultar a criação de ocasiões evidentes por parte do FC Porto, não obstante o domínio apresentado. Ainda assim, com cerca de dois minutos e meio para o fim, di Benedetto voltou a fazer o “gosto ao stick” e igualou a contenda (4-4).

A fase final ficou marcada por várias quezílias entre jogadores e algumas faltas duras. Nesse sentido, Jorge Silva, avançado da UD Oliveirense, recebeu ordem de exclusão, após uma entrada ríspida sobre Gonçalo Alves. Na sequência, di Benedetto desperdiçou a bola parada de que dispôs. O FC Porto viria a aproveitar a superioridade numérica para chegar ao 5-4 final, com hat-trick do gaulês, a apenas seis segundos do soar da buzina.

No rescaldo ao duelo, Ricardo Ares, treinador do FC Porto, enalteceu o “caráter e a raça” da equipa, numa vitória “à Porto”. No entanto, o técnico espanhol reconheceu que na primeira parte “não estivemos bem nem à nossa altura”. Deixou ainda farpas à arbitragem, ao queixar-se da decisão de validar o terceiro golo da UD Oliveirense.

Com este resultado, o FC Porto atinge os nove pontos no campeonato e mantém-se a três do líder OC Barcelos. Por sua vez, a UD Oliveirense prova pela primeira vez o sabor da derrota esta época e permanece com cinco pontos.

Na próxima jornada, o FC Porto recebe o Famalicense AC, no próximo sábado, pelas 15h. Já a UD Oliveirense joga em casa frente ao SL Benfica, no mesmo dia, às 18h.

Artigo da autoria de Daniel Henriques